A ação contou com 98 policiais federais, dez auditores da Controladoria-Geral da União (CGU) e sete auditores da Receita Federal do Brasil
A Polícia Federal realizou, na manhã desta quarta-feira (11), operação para combater crimes relacionados à execução de obras rodoviárias no Norte de Minas Gerais. Chamada de Rota BR-090, a operação recebeu o nome de “Rei do Norte” e já está em sua sétima fase.
Nesta etapa, a polícia explicou que os contratos somam um total de R$ 670 milhões. A quantia é decorrente de procedimentos licitatórios do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT/MG) realizados entre os anos de 2013 e 2018.
A polícia representou 21 mandados de busca e apreensão e bloqueou ativos que somam R$ 32 milhões. Além disso, um servidor público foi afastado e pagamentos de dois contratos suspensos. As ordens foram expedidas pela 35ª Vara da Seção Judicial de Minas Gerais.
Para cumprimento da operação, 98 policiais federais, dez auditores da Controladoria-Geral da União (CGU) e sete auditores da Receita Federal do Brasil participaram dos trabalhos. A ação ocorreu em Belo Horizonte, Montes Claros, Sete Lagoas, Muzambinho e em Sorriso (MT).
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A investigação identificou indícios de fraude de processo licitatório, recebimento de vantagens indevidas, superfaturamento em obras públicas e execução de serviços de baixa qualidade. Por meio de dados obtidos na primeira fase da operação, foi descoberta a existência de envolvimento suspeito entre servidores públicos e empresários relacionados com obras da região Norte do estado.
Em seguida, a PF e a CGU perceberam que pelo menos dois contratos na região foram superfaturados, além de indícios de irregularidades em mais seis obras. Os investigados poderão responder por crimes relacionados à lei de licitações e peculato, com penas superiores a dez anos de prisão.
Foto: Divulgação/PF