Pauta sobre quebra de sigilo da rádio Jovem Pan não será mais votada

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O relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), disse que a medida foi um “equívoco”

A pauta que pediria quebra de sigilo de dados bancários da rádio Jovem Pan não será mais votada. Ela foi retirada pelo próprio relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), após repercussão negativa.

Conforme o senador, a decisão foi um “equívoco” que aconteceu em sua ausência devido ao recesso compulsório que durou 15 dias. “Nós já retiramos esse requerimento”, garantiu.

Para o relator, nenhuma de suas ações irão “respingar na liberdade de expressão”. Ele não deu explicações de quem foi o responsável pela pauta.

Desde a última sexta-feira (30), associações, federações e sindicatos que defendem rádios e Tvs repercutem a decisão que foi repudiada por todas as entidades. A CPI investiga ações do governo federal em relação à pandemia da Covid-19.

Para as entidades, o ato seria uma forma de intimidar o trabalho da emissora. “A AMIRT entende tal atitude como atentado à liberdade de expressão. Além disso, compreende este requerimento como violação a direitos garantidos pela Constituição Brasileira”, disse a associação que defende direitos de mais de 400 emissoras em Minas Gerais.

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) também se manifestou contra a decisão. Para a entidade, o pedido “não aponta qualquer dado ou informação concreta que justifique a adoção de medida extrema contra uma emissora que está no ar há quase 80 anos, cumprindo o papel de informar a população sobre fatos de interesse público”.

Além da AMIRT e da ABERT, as associações de São Paulo (AESP), Santa Catarina (ACAERT), Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) e a Federação Nacional das Empresas de Rádio e Televisão (Fenaert) também repudiaram a decisão.

 

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Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

 

Rebeca

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