Parte da categoria já está paralisada desde 23 de março, mas nesta quinta-feira (5) e sexta-feira (6) a greve teve aumento da adesão para pressionar as decisões do Governo Federal sobre o reajuste
Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Juiz de Fora estão em greve desde o dia 23 de março, quando a categoria foi chamada pela Federação Nacional de Sindicatos em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps). Desde então, os servidores têm tentado negociar com o Governo Federal o reajuste salarial de 19,99%. Nesta semana, a reunião está marcada para acontecer, e por isso, nesta quinta-feira (5) e sexta-feira (6), mais servidores do setor administrativo e de assistência social aderiram a paralisação para pressionar o Governo Federal sobre as demandas.
De acordo com técnico do seguro social e membro do sindicato dos seguradores sociais Nelber Souza Rocha, que está à frente da organização das ações de greve do INSS desta quinta-feira (5), o momento é decisivo. Ele conta que os servidores estão pedindo pela “reposição das perdas salariais, melhoria das condições de trabalho, novas contratações e diminuição de metas que estão deixando os servidores doentes”. Ele explica, ainda, que durante a greve, diversas reuniões foram marcadas entre a categoria e os órgãos públicos, mas ocorreram diversas remarcações e nenhuma decisão foi de fato tomada.
Por isso, nesta quinta-feira(5), os servidores da unidade do Largo do Riachuelo fizeram uma paralisação e colaram cartazes sobre as demandas na frente da unidade de atendimento.
“Neste momento, estamos fazendo o movimento junto com o Ministério do Trabalho, e a greve está acontecendo no Brasil todo. Aqui em Juiz de Fora, estamos tendo mais adesão durante esses dias, inclusive dos profissionais que estão em teletrabalho”, ele explica.
Condições de trabalho no INSS em Juiz de Fora são questionadas
Para ele, um dos problemas que a categoria está enfrentando e que deve buscar solução é justamente as questões que envolvem as condições de trabalho. Ele explica que os servidores que estão trabalhando no Largo do Riachuelo têm apenas um mega de internet para dividir entre diversos computadores, o que dificulta muito o atendimento. “Além disso, os profissionais que estão em teletrabalho acabam tendo que arcar com muitos custos que deveriam ser pagos pelo órgão, como o uso da internet, a luz elétrica e em vários casos até os equipamentos”, diz.
As informações são da Tribuna de Minas, associada AMIRT.
Foto: Tribuna de Minas