O Centro de Referência em Piscicultura Ornamental de Água Doce que funciona no Campo Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em Leopoldina, deu início à preparação para o período reprodutivo dos peixes. “Em nosso estoque temos kinguios das variedades Telescópio, Telescópio Preto, Oranda, Oranda Cálido, Ryukin e Pérola”, conta o pesquisador em piscicultura da Epamig Alexmiliano Vogel de Oliveira.
As matrizes e os reprodutores já estão separados e recebendo uma alimentação diferenciada. “Ração e alimento vivo (daphnias) para as matrizes e para os machos somente ração. Além disso, ninhos artificiais estão sendo confeccionados e terão sua eficiência comparada ao uso de aguapés (método tradicional)”, completa o pesquisador.
Ele explica que, após a reprodução, os alevinos serão selecionados pela forma do corpo, cauda e cor. Parte deles será criada para a integrar o plantel de reprodutores da Epamig e os demais serão vendidos, a partir do mês de novembro de 2021. “Além disso, vamos adquirir novas linhagens de kinguios para aumentar e diversificar o plantel de reprodutores”, afirma.
Piscicultura Ornamental
A região da Zona da Mineira é a maior produtora de peixes ornamentais no Brasil, com grande concentração de piscicultores, nos municípios de Barão do Monte Alto, Eugenópolis, Miradouro, Muriaé, Patrocínio do Muriaé, Rosário da Limeira, São Francisco do Glória e Vieiras.
Com a criação do Centro de Referência, em 2017, a Epamig, instituição vinculada à Secretaria de Agricultua, Pecuária e Abastecimento (Seapa), passou a gerar informações, difundir tecnologias e buscar por linhagens, matrizes qualificadas e rações balanceadas que contribuam para a consolidação da atividade. “O objetivo é desenvolver pesquisas que ajudem os produtores a superar as dificuldades encontradas em seus sistemas de produção, realizar treinamentos e produzir materiais genéticos de qualidade”, conclui o pesquisador Alexmiliano Vogel de Oliveira.
Ascom/Epamig
Foto: Divulgação/Epamig