A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito que apurou a morte de uma criança, de 5 anos, durante um ritual, na cidade de Frutal, no Triângulo Mineiro. Foram indiciados por homicídio doloso – considerando o dolo eventual – a mãe, a tia, o avô e a avó da vítima, além de um líder espiritual e o auxiliar dele.
A PCMG também requisitou ao Poder Judiciário pela conversão das prisões temporárias em preventivas, sendo deferidos os pedidos referentes à mãe, à tia, à avó e ao líder espiritual. Quanto ao avô da vítima e ao auxiliar do líder espiritual, a Justiça concedeu liberdade provisória.
Entenda o caso
Inicialmente, os suspeitos apresentaram a versão de que teria ocorrido um acidente doméstico com a criança, no dia 24 de março deste ano, envolvendo álcool e uma churrasqueira. Contudo, as investigações apontaram que a vítima teria sido utilizada em um ritual de evocação e incorporação de espíritos, na companhia dos avós, da tia e da mãe.
Ainda segundo apurado, o homem apontado como líder espiritual teria jogado álcool com ervas no corpo da criança e, posteriormente, ateado fogo usando uma vela, queimando-a viva. A vítima morreu em decorrência de queimaduras, que atingiram quase 100% do corpo dela.