Os impactos do processo de privatização do metrô de Belo Horizonte nas finanças do Estado e no destino dos servidores da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), responsável pelo serviço de transporte, serão debatidos em audiência pública da Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A reunião será realizada nesta terça-feira (3/5/22), às 14h30, no Plenarinho I, a pedido da deputada Beatriz Cerqueira (PT).
De acordo com informações do gabinete da parlamentar, caso seja concretizada a privatização, caberá ao Estado arcar com os subsídios para cobrir os custos operacionais. A preocupação com os trabalhadores, todos concursados, se deve ao fato de a CBTU não ter apresentado nenhuma garantia para a manutenção dos empregos ou realocação para outras unidades.
Na análise do Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro/MG), há risco de a venda também provocar aumento das tarifas e precarização do sistema, prejudicando também a população. A entidade teme demissão em massa dos servidores, como ocorreu no Rio de Janeiro.
CONVIDADOS
O presidente do Sindimetro, Romeu José Machado Neto, é um dos convidados que confirmaram presença na audiência pública, assim como os presidentes da Associação dos Usuários de Transporte Coletivo de Belo Horizonte e Região Metropolitana, Francisco de Assis Maciel (Chiquinho Maciel), e da Central Única dos Trabalhadores (CUT-MG), Jairo Nogueira Filho.
Foram convidados, ainda, o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Scharlack Marcato; o presidente da CBTU, José Marques de Lima; o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman Filho, e a prefeita de Contagem, Marília Campos.
