Serão ouvidos na manhã desta terça-feira (12), em Belo Horizonte, os dez presos na operação Higia, deflagrada no fim de junho para combater um esquema de corrupção e privilégios a criminosos nas penitenciárias. Participaram da ação o Ministério Público de Minas Gerais, Corregedoria-Geral da Polícia Civil, Polícia Militar e Departamento Penitenciário.
As investigações denunciam a relação de investigadores da PC com o advogado criminalista Diego Ferreira de Matos, suspeito de movimentar grande rede ao fazer a ponte entre traficantes e ao menos 11 policiais. Os envolvidos fazem parte da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) e Departamento Estadual Investigação Crimes de Trânsito (Deictran).
O trabalho contou com escutas de conversas, e registrou, com fotos e vídeos, diversos encontros entre o advogado e os investigadores. Em 16 ocasiões, houve inclusive entrega de embrulhos e sacolas, que a investigação acredita ser o dinheiro da corrupção. Outros 23 encontros também foram registrados.