Prefeitura volta a obrigar uso de máscaras em elevadores em Juiz de Fora

Prefeitura ainda reforçou a exigência da proteção em ambientes escolares, “independente da posição do gestor do espaço”

Uma nova nota técnica do Juiz de Fora Viva, programa que gere as normas do enfrentamento à pandemia na cidade, passou a obrigar o uso de máscaras em elevadores do município. O documento foi publicado na segunda-feira (18) e ainda reforça a obrigatoriedade da utilização da proteção em salas de aulas e ambientes escolares “independente da posição do gestor do espaço”. A orientação anterior, publicada no último dia 4, já incluía estabelecimentos de saúde e transportes públicos – incluindo escolares, por aplicativo, táxis e similares – entre os locais em que as máscaras são exigidas. Mas não citava a exigência do uso em elevadores.

Desde a primeira semana de abril, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) tornou facultativa a utilização de máscaras em diversos espaços. Além dos quatro locais em que a proteção ainda é exigida, a definição pela utilização é facultativa pelo gestor do espaço. Em matéria publicada no último dia 10, a Tribuna mostrou que algumas entidades emitiram posições distintas sobre a definição da obrigatoriedade do uso das máscaras, havendo aquelas que orientavam pela manutenção da exigência e outras que passaram a orientar a liberação do uso.

PJF: elevador é ‘meio de transporte coletivo’

Em nota encaminhada à Tribuna, a PJF alegou que o elevador se iguala a ônibus, táxis e transporte por aplicativo como “meio de transporte coletivo, onde a utilização da máscara de proteção permanece obrigatória em Juiz de Fora”. Apesar dessa observação, a Prefeitura admitiu que na nota técnica do último dia 4 de abril não havia citado os elevadores e, por isso, foi ratificada a exigência em nova nota técnica.
Questionada sobre como se dará a fiscalização do cumprimento da medida, a PJF informou que em caso de denúncia de descumprimento das medidas estabelecidas no programa municipal, “os espaços poderão ser fiscalizados e multados”.

Máscaras em qualquer ambiente em caso de sintomas gripais

Apesar da liberação, o Executivo recomenda a utilização da máscara, em qualquer ambiente, por pessoas sintomáticas ou potencialmente em contato com transmissores; com sintomas de resfriado e gripe; por profissionais de saúde, atendimento ao público e indivíduos não vacinados contra a Covid-19 ou que receberam imunização incompleta (menos de três doses) e imunossuprimidos. A flexibilização, de acordo com a PJF, foi realizada devido ao avanço da vacinação na população juiz-forana, cujo índice passa de 97% de vacinados com a primeira dose e 88% de imunizados com duas aplicações.

Infectologista alerta para riscos em ambientes fechados

Para o infectologista Marcos Moura, a exigência de máscaras em elevadores é pertinente porque são ambientes propícios para a circulação de vírus. Em locais fechados, os agentes infecciosos ficam em suspensão por um período ainda indeterminado pela ciência, segundo o médico. “Um elevador usado por várias pessoas funciona como um transporte público, com aglomeração. Em qualquer lugar onde tem aglomeração de pessoas deveria se usar (máscaras)”, opina o especialista.

O médico lembra, também, que as pessoas tendem a se sentir mais inseguras em ambientes de confinamento. Ele ainda orienta que as pessoas com sintomas respiratórios, vulneráveis ou que não completaram o esquema vacinal devem utilizar a proteção. “Uma vez que estamos diante de uma pandemia, a gente pode, a qualquer momento, ter um retrocesso (…). Até que toda a população esteja vacinada, a gente deve ter cuidado”, diz Moura, destacando a necessidade de que as máscaras sejam utilizadas da maneira correta. “Evitar retirar e colocar várias vezes, colocar a mão suja… Muitas vezes utilizar a máscara de maneira inadequada dá uma falsa sensação de segurança”.

As informações são da Tribuna de Minas, associada AMIRT.

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