PM resgata 20 trabalhadores em situação análoga à escravidão em rodovia

Trabalhadores rurais que vieram de São Luiz (Maranhão) para trabalharem na região de Veríssimo foram abandonados em posto de combustíveis a margem da BR-050 sem dinheiro, sem alimento e sem alojamento

A Polícia Federal (PF) em Uberaba deve dar início ainda na manhã desta terça-feira (26) a apuração de possível situação análoga à de escravos envolvendo cerca de 20 trabalhadores rurais que vieram de São Luiz (Maranhão) para trabalharem no plantio e colheita de cana de açúcar na região de Veríssimo (MG).

Eles chegaram a Uberaba às 11h desta segunda-feira (25) e foram deixados no posto de combustíveis Rodare (antigo Posto Zote), com a promessa, do motorista do ônibus que fazia o transporte, de até meio-dia saírem de volta para o estado do Maranhão. No entanto, o motorista, que tem o apelido de “Coco”, retirou uma peça do motor do ônibus, dizendo que levaria em uma oficina mecânica para consertar e que os trabalhadores deveriam aguardar a chegada do outro ônibus, o que não aconteceu até às 21h10, horário que a Polícia Militar foi acionada.

Segundo apurou a coluna SENTINELA, os 20 trabalhadores foram abandonados sem dinheiro, sem comida, sem teto e disseram que em Veríssimo existem outros trabalhadores na condição análoga à de escravos. Um advogado levou o caso ao conhecimento do delegado PF de plantão ainda na noite desta segunda-feira. Conforme a autoridade policial federal, as providências seriam tomadas nesta terça-feira (26) e solicitou ao profissional do Direito que acionasse a Polícia Militar para que o ônibus M.Benz, modelo Induscar Apache A, ano 2003, cor branca, placas DBB-2524/Campinas (SP), fosse apreendido e recolhido ao pátio credenciado devido ter sido utilizado para o transporte de trabalhadores em situação análoga à de escravos.

Os 20 trabalhadores foram acolhidos pela Ronda Social da Prefeitura de Uberaba e foram levados para o Albergue Municipal, onde receberam alimentos e acomodações.

As informações são do JM Online, associada AMIRT.

Foto: Reprodução/Divulgação

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