Operação fiscaliza extração de quartzito no Sul de Minas Gerais

A extração mineral de quartzito em Minas Gerais foi, mais uma vez, alvo de fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Foram 13 empreendimentos fiscalizados pela operação Poliedro — Etapa III, deflagrada nos municípios de Alpinópolis, São José da Barra, São João Batista do Glória, Carmo do Rio Claro e Guapé. Dois empreendimentos foram autuados e multados em cerca de R$ 40 mil.

Realizada pela Diretoria Regional de Fiscalização Ambiental do Sul de Minas, da Semad, a operação está prevista no Planejamento Anual de Fiscalizações e representa a continuidade do trabalho feito há cinco anos. Etapas anteriores foram realizadas nos municípios de São Thomé das Letras e Luminárias, região onde a extração do mineral ocorre desde a década de 1940.

“A operação Poliedro — Etapa III é a continuidade dessas ações de fiscalização. Minas responde pela maior parte da produção brasileira de quartzitos, com quatro centros de lavras do minério, usado como rocha ornamental e de revestimento. O mais expressivo é o centro de São Thomé das Letras, seguindo-se Alpinópolis, Ouro Preto e Diamantina”, comenta o diretor regional de fiscalização da Superintendência Regional do Sul de Minas (Supram), Elias Chagas.

Penalidades

Segundo Elias, a extração na região de Alpinópolis é executada há cerca de 20 anos, e considerada mais recente e em crescimento, justificando a localidade ter sido alvo da operação nesta terceira etapa. Dos 13 empreendimentos fiscalizados, dois foram autuados e multados, juntos, em cerca de R$ 40 mil pela ausência de licenciamento ambiental e pela supressão de vegetação nativa.

Além deles, cinco empreendimentos estavam abandonados, existindo no local um passivo ambiental de elevadas proporções decorrentes de décadas de exploração na região. Um foi objeto de determinação para melhoria de processos extrativistas, em especial quanto ao ordenamento na disposição dos rejeitos decorrentes da atividade.

Outros dois empreendimentos encontravam-se com atividades paralisadas. “Em 2019, a Polícia Federal deflagrou a operação SOS Canastra nesta mesma região, aplicando penalidades em muitos empreendimentos. Foram expedidos 160 mandados judiciais, sendo 77 de busca e apreensão e 73 de prisão, e que teve por objetivo a desarticulação de uma organização criminosa que operava na extração de comercialização de quartzito irregularmente extraído nesta região”, destaca Elias.

A fiscalização ocorreu no período de 28 a 31/3.

As informações são do portal Onda Sul, associada AMIRT.

Foto: Portal Onde Sul

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