Foi levada a julgamento em João Pinheiro nessa quarta-feira (11), Angelina Ferreira, acusada de matar Mara Cristina Ribeiro, de 23 anos, que estava no oitavo mês de gestação. O crime, que chocou o Alto Paranaíba e Noroeste, teria sido premeditado para roubar o bebê da vítima.
O crime bárbaro, ocorrido em outubro de 2018 em um terreno próximo a BR-040, ganhou grande repercussão. Angelina Ferreira, na época com 40 anos, fingiu uma gestação na mesma época da vítima. Depois do assassinato, ela teria ido a Santa Casa de João Pinheiro e dito que tinha dado à luz a um bebê, mas recusado atendimento médico.
Em uma das versões ditas à polícia, ela contou que matou Mara Cristina Ribeiro, para ficar com o bebê que a amiga gerava. Entretanto, a defesa de Angelina tentou contestar alegando que ela sofre de transtornos psicológicos.
Angelina Ferreira foi indiciada pela polícia por dar parto alheio como próprio, subtração de incapaz e homicídio qualificado por motivo fútil e meio cruel. Ela está presa preventivamente desde agosto de 2019, após expedido mandado de prisão. Segundo o laudo do IML, a causa da morte de Mara foi “anemia hemorrágica interna e externa”, ou seja, ela ainda estava viva quando a recém-nascida foi retirada do útero.
A condenação da ré, determinada em 30 anos e 2 meses de prisão, em regime inicialmente fechado, foi por motivo torpe, com emprego de meio cruel, mediante dissimulação, recurso que dificultou a defesa da vítima e pelo crime de parto suposto.
As informações são da Rádio Montanheza, associada AMIRT.
Foto: Rádio Montanheza