Juiz de Fora tem um caso confirmado de sarampo e outro em investigação

A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) confirmou nessa terça-feira, 3, o primeiro caso de sarampo na cidade. Conforme o executivo, nos últimos dias, o Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (Dvea) recebeu duas notificações de casos suspeitos de sarampo. A Secretaria de Saúde (SS) de Juiz de Fora vem alertando a população desde 2018 sobre a importância de manter a caderneta de vacinação atualizada

Em 2016, o Brasil recebeu o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), declarando a região das Américas livre da enfermidade. Desde 2018, porém, voltaram a ocorrer casos da doença.

Conforme a PJF, o primeiro caso é referente a um adolescente, 16 anos, com somente uma dose da vacina tríplice viral registrada em sua caderneta de vacinação, morador do bairro Novo Horizonte. Durante a investigação, foi constatado que o adolescente esteve em outra cidade e esteve em contato com parentes que residem em São Paulo, região onde há surto da doença.

Ainda de acordo a nota divulgada pela PJF, conforme previsto em protocolo, foi colhida uma amostra de sangue do paciente, que foi enviada para Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, para análise. O Departamento foi informado pela Fundação que o resultado do exame acusou positivo. Esse caso é considerado, de acordo com os padrões de avaliação do Ministério da Saúde, como importado.

Uma equipe do setor de Imunização realizou o bloqueio vacinal na sala de aula do estudante. Após avaliar as cadernetas de vacinação, houve necessidade de vacinar quatro estudantes e quatro funcionários da escola. A medida foi adotada conforme recomendação do Ministério da Saúde.

 

SEGUNDO CASO – EM INVESTIGAÇÃO

O segundo caso que está em investigação é referente a uma criança, sexo feminino, de 1 ano e nove meses, moradora do Bairro Morro da Glória, que também possuía somente uma dose da vacina tríplice viral registrada em sua caderneta de vacinação. Uma amostra de sangue foi colhida e enviada para a Funed, a fim de descartar ou comprovar o caso por meio de exames mais complexos, como o de sorologia.

De acordo com dados do Setor de Imunização, da SS, na última campanha de vacinação contra o sarampo, realizada em 2018, a cobertura atingiu o índice de 95,68%.

 

O SARAMPO

O sarampo é uma doença viral, infecciosa, aguda, grave, transmissível, contagiosa e comum na infância. Geralmente, os primeiros sintomas são: febre, exantema (manchas avermelhadas que se distribuem de forma homogênea pelo corpo, com direção cabeça-membros), sintomas respiratórios e oculares. No quadro clínico clássico, as manifestações (além da presença de febre e exantema maculopapular) incluem tosse, rinorreia (rinite aguda), conjuntivite (olhos avermelhados), fotofobia (aversão à luz) e manchas de koplik (pequenos pontos esbranquiçados presentes na mucosa oral).

 

ESQUEMA VACINAL

Conforme a PJF, a vacina contra o sarampo, conhecida como tríplice viral, faz parte do “Calendário Nacional de Vacinação” e está disponível durante o ano todo nas salas de vacinação do município.

São necessárias duas doses da vacina para a pessoa estar imunizada por toda a vida, ou seja, as doses administradas no passado são válidas e não há necessidade de se vacinar novamente. É imprescindível que crianças, adolescentes e adultos estejam com a caderneta vacinal ao procurar uma unidade de saúde.

Quem não tiver em mãos o cartão vacinal, e não souber se já foi imunizado, deve procurar a UBS de referência para análise do caso e vacinação, quando o profissional de saúde responsável pelo atendimento entender como necessário.

A vacina é contraindicada em registro de imunodeficiências congênitas ou adquiridas (clínica ou laboratorial grave), infecção pelo HIV em pessoas com taxas de CD4 (células do sistema imunológico) menor que 15%, gestantes e pessoas com alergia grave aos componentes da fórmula.

 

EM CRIANÇAS:

  • 1ª dose: administrada aos 12 meses (1 ano de idade)
  • 2ª dose: administrada aos 15 meses (1 ano e 3 meses de idade)

Em adolescentes e adultos até 29 anos: duas doses, com intervalo de 30 dias entre as doses. Pessoas entre 30 e 49 anos tomam apenas uma dose.

A vacina é contraindicada em registro de imunodeficiências congênitas ou adquiridas (clínica ou laboratorial grave), infecção pelo HIV em pessoas com taxas de CD4 (células do sistema imunológico) menor que 15%, gestantes e pessoas com alergia grave aos componentes da fórmula.

 

DOSE ZERO

Seguindo recomendação recente do Ministério da Saúde (MS), publicada em agosto de 2019, crianças na faixa etária de 6 meses a menores de 1 ano devem ser vacinadas contra o sarampo. Em Juiz de Fora, a imunização está disponível nas 63 unidades Básicas de Saúde (UBSs), no Departamento de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (DSMCA) e na sala de vacinas do Posto de Atendimento Médico (PAM Marechal), localizada no terceiro andar do prédio. Conforme orientação do MS, esta dose da vacina não é válida para fins do calendário nacional de vacinação da criança, ou seja, com um ano deverá tomar a primeira dose, e com 15 meses a segunda, para que seja considerado imunizado.

 

Postado originalmente por: Diario Regional – Juiz de Fora

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