Inteligência artificial substitui mão de obra humana? Veja opinião de quem utiliza o recurso

Empresas de Belo Horizonte que utilizam ChatGPT responderam as principais dúvidas sobre o assunto

Mais uma vez as ferramentas de inteligência artificial (IA) caíram na boca do povo e geraram longas discussões nas redes. Dessa vez, a motivação foi a publicação da imagem extremamente realista do Papa Francisco usando um casaco puffer super fashion.

Alguns canais com ampla audiência, como CHOQUEI e PAN, chegaram a afirmar que o Papa havia contratado o estilista italiano Filippo Sorcinelli, mas não demorou muito para que os internautas descobrissem que a imagem era apenas uma projeção artificial. A principal questão que vem à tona quando algo projetado é confundido com algo real é, justamente, o risco de perder a capacidade de diferenciação das duas coisas: o que é real e o que é criado artificialmente.

Outro caso que ganhou muito destaque na mídia nas últimas semanas, foi a atuação da ferramenta ChatGPT que escreve artigos inteiros sobre qualquer assunto, com embasamento científico, pontuação e até expressões com certo toque de personalidade. Comunicadores de todo país ficaram preocupados com a novidade. Outro questionamento comum quando o assunto é IA também tomou conta da internet: Elas vão substituir a mão de obra humana?

Inteligência artificial substitui mão de obra humana?

Fomos atrás de respostas para esse dilema e encontramos o Robson Santos, de 26 anos, desenvolvedor e gestor de tráfego na agência Alameda Marketing e Alexsander Machado, de 24 anos, responsável pelas parcerias estratégicas na Agência DRACCO. As duas empresas atuam em Belo Horizonte e utilizam o ChatGPT  para escrever artigos diversos que são veiculados nos sites dos clientes. No caso da Alameda Marketing, a combinação de ferramentas de IA já consegue apresentar propostas inteiras para os clientes através de um Avatar.

Sobre a qualidade dos textos, Robson afirma que por enquanto não é  perfeito e necessita de revisões, mas a maior preocupação mesmo é com a veracidade das informações combinadas. “Tem a possibilidade de gerar fake news, a gente tem que conferir todos os detalhes”, destaca.

Alexsander complementa: “Quanto mais técnica for a pergunta, mais técnica será a resposta. Então é muito importante que a pessoa tenha conhecimento sobre a área para conseguir fazer uma pergunta assertiva”.

Com a necessidade de pessoal para fazer revisões detalhadas e com expertise no assunto para dar comandos certeiros, então a mão de obra humana ainda é indispensável, certo? Ambos colocam que depende da profissão.

“Hoje a Alexa consegue encontrar um processo em segundos, então a pessoa que ficava cuidando desses processos nos escritório [de advocacia], acaba perdendo o emprego,” exemplifica Alexsander .

Eles destacam ainda que com a mudança surgem novas profissões, como especialista em ChatGPT e IA, além de grandes equipes de suporte para gerenciar os dados.

A previsão da Brasscom, Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais, aponta o mesmo: 797 mil novas vagas na área serão criadas até 2025.

Veja exemplos de textos criados por ChatGPT sob comando dos entrevistados aqui.

Foto: Pexels.

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