Os 15 participantes estão desde o último domingo (14) isolados em uma caverna
Um grupo de voluntários da França resolveu levar o isolamento social ao extremo e foi parar em uma caverna. O objetivo é avaliar os efeitos do confinamento, durante o período de seis semanas.
O grupo composto por 15 pessoas, sendo homens e mulheres, seguiu para o local no último domingo (14). Eles estão em uma caverna de Lombrives, nas montanhas dos Pireneus, ao Sul de Toulouse, junto com Christian Clot, líder e explorador franco-suíço.
O espaço cavernoso fica abaixo da superfície da terra. Eles não terão acesso a telefone, relógio ou luz natural. Porém, cada indivíduo possui suas próprias tendas e certa privacidade.
“Três espaços separados foram montados: um para dormir, um para morar e outro para fazer estudos de topografia, em particular para fauna e flora”, disse Clot a uma emissora de TV, poucas horas antes de entrar na caverna.
Os participantes, que têm entre 27 e 50 anos, precisarão se adaptar a temperatura de 12 graus Celsius e 95% de umidade da caverna.
Todos eles foram equipados com sensores e estão sendo acompanhados por cientistas do lado de fora.
“Até agora, esse tipo de missão tinha como objetivo estudar os ritmos fisiológicos do corpo, mas nunca o impacto desse tipo de desconexão do tempo nas funções cognitivas e emocionais de um ser humano”, destacou Etienne Koechlin, diretor do Departamento de Neurociências Cognitivas da Ecole Normale Superieur, em Paris. Ele faz parte da equipe de monitoramento.