Nossa Equipe de Jornalismo recebeu uma grave denúncia, o caso de uma mulher grávida da cidade de Tupaciguara que temia perder o bebê devido a demora na realização do parto. Em Tupaciguara ela realizou o pré-natal, porém não conseguiu atendimento para realizar o parto e foi transferida para Araguari.
Em Araguari ela deu a luz ao pequeno Samuel, mas durante o parto o bebê teve a clavícula quebrada.
SEGUE NOTA DA SANTA CASA DE ARAGUARI
A paciente Eliane Ramos Pereira foi admitida no hospital dia 22/04/22, gestante de 39 semanas e 2 dias; em trabalho de parto pélvico, constatado pelo exame físico em apresentação cefálica, deu a luz a um bebê do sexo masculino, em bom estado geral, com bom peso e APGAR 9 e 9. Após o nascimento foi constatado distócia de ombro.
A distócia de ombro é a fratura da clavícula que, às vezes, se faz necessário para o livramento de ombros de difícil desprendimento no momento do parto. Tal evento não representa negligência, imperícia ou imprudência médico-hospitalar, é um evento natural e imprevisível.
Os estudos comprovam que a distócia de ombros após a expulsão da cabeça fetal, que normalmente é o maior diâmetro do feto, os ombros saiam tranquilamente seguidos do restante do corpo, completando assim um parto cefálio normal; Contudo, em algumas situações isso não ocorre, pois os ombros encontram um obstáculo na bacia materna e não saem normalmente, precisando de manobras específicas para sua retirada.
Ocorrido a distócia de ombro, o obstetra realizou as manobras previstas na literatura médica para sua devida liberação. Existe, ainda, em casos mais raros, a fratura deliberada para ultimar o parto.
Segundo o parecer do CRMPR, de número 1478/2003, “é lícito afirmar que as fraturas da clavícula não evidenciam inépcia do tocólogo”. Segundo o parecer do CRMSP número 53554, “não se pode imputar ao feito, erro médico, mas sim, fatalidade.”.
O caso do recém-nascido de Eliane Ramos Pereira após avaliação das equipes de pediatria e ortopedia, identificada à fratura de clavícula direita sem déficit neurológico, foi indicado tratamento conservador e acompanhamento ambulatorial.
Santa Casa de Misericórdia de Araguari
As informações são da V9 Vitoriosa, associada AMIRT.
Foto: Divulgação/Pixabay