Corridas de táxi não terão aumento na tarifa pelo quinto ano consecutivo

Último reajuste ocorreu em 2017; PJF afirmou que, em razão no momento econômico, reajuste não será concedido

As corridas de táxi em Juiz de Fora não terão reajuste em 2022. O valor do transporte permanece sem alteração desde 2017, quando houve o último aumento concedido pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). Este mês, o Sindicato dos Taxistas de Juiz de Fora entrou com pedido de cálculo da defasagem no valor do serviço, para assim poder negociar um possível reajuste da tarifa, porém afirma que não obteve retorno do Município. No entanto, em resposta à Tribuna, a PJF afirmou que, em razão do momento econômico do país, o reajuste não será concedido.

Na manhã da última segunda-feira (25), taxistas se mobilizaram contra um possível aumento da bandeira tarifária. Os manifestantes alegaram receio de perda de competitividade do táxi ante outras alternativas de transporte. O movimento começou na Avenida Rio Branco, na altura do Bairro Graminha, e terminou na sede da Prefeitura.
O sindicato não concordou com a pauta levantada pela parcela da categoria. De acordo com o presidente da entidade, José Moreira, o reajuste na tarifa é essencial para que o serviço de táxi sobreviva. “Hoje em dia, 50% do valor da corrida é para bancar o combustível. O que sobra de lucro o taxista precisa gastar com a manutenção do carro. Muitos estão trabalhando de graça.” Na sua opinião, o aumento na tarifa é necessário para que o transporte continue sendo oferecido com qualidade e segurança.

De acordo com Moreira, o cálculo da defasagem foi solicitado à PJF, assim como é feito todo ano, para que posteriormente um possível reajuste seja negociado. “Em 2021, a defasagem ficou em torno de 27% e esse ano será ainda maior. Com base nisso, vamos sentar e conversar com a categoria. Mas é fato que o reajuste tem que acontecer, é nosso direito e está previsto pelo contrato.”

A Associação dos Taxistas de Juiz de Fora também reforça a necessidade do reajuste. “Precisamos de um preço que permita que a gente deixe nossos carros em perfeitas condições. O preço do carro e da gasolina mudaram de lá pra cá. Não tem condição de manter um bom serviço e atendimento com essa tarifa”, afirma o presidente da associação, Luiz Gonzaga.

Temor pela redução da competitividade

O taxista Flávio Fábris, um dos organizadores da manifestação realizada nesta segunda, lembrou da recessão econômica para justificar o pedido de manutenção dos atuais valores. “Nós entendemos que tanto o país quanto a cidade estão passando por uma crise econômica, e a categoria, como um todo, entende o momento da sociedade e quer colaborar de alguma forma”, explica.

O taxista também considerou que a categoria vive um momento de maior procura dos usuários, visto que os preços dos transportes por aplicativos subiram, tornando mais competitivos os valores cobrados pelos taxistas. “A gente tem acompanhado que as pessoas têm procurado mais os táxis. O preço tem atraído o usuário para o táxi novamente.”

As informações são do Tribuna de Minas, associada AMIRT. 

Foto: Elisabetta Mazocoli

 

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