Verba para enfrentamento da Covid pode ter abastecido rachadinha em prefeitura

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), regional Zona da Mata, deflagra, na manhã desta quinta-feira, 18 de novembro, no município de Palma, operação de combate à corrupção e desvios de recursos públicos que deveriam ser utilizados prioritariamente para o enfrentamento da Covid-19.

Estão sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em residências particulares e em órgãos públicos municipais nos quais os investigados trabalham ou estão vinculados. Também foi deferido judicialmente dois pedidos cautelares de afastamento do cargo e proibição de qualquer tipo de contato em face de dois secretários municipais.

As investigações se iniciaram na Promotoria de Justiça de Palma, por meio de denúncias informando que diversos servidores públicos municipais estariam recebendo, indevidamente, valores superiores à remuneração habitual e repassando esses recursos para alguns agentes políticos municipais, prática conhecida como “rachadinha”.

As verbas estariam sendo creditadas para os servidores, juntamente com a remuneração, sob a rubrica de “gratificação Covid”. As investigações demonstraram que, além dessa gratificação, outras remunerações, sem fundamento legal, estavam sendo utilizadas para depósitos nas contas dos servidores municipais para posterior devolução.

Participam da operação desta quinta-feira agentes e servidores do Gaeco, 27 policiais civis, 24 policiais militares e três promotores de Justiça.

As informações são do MPMG

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