Varejistas mineiros estão otimistas para a Copa do Mundo

A convergência de três datas importantes para o comércio, Copa do Mundo, Black Friday e Natal, exige mais estratégia dos comerciantes

Uma pesquisa divulgada pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG) na última quarta-feira (19), aponta que 42,6% dos empresários acreditam que serão impactados positivamente pela Copa do Mundo.

O estudo intitulado “Opinião do Comércio Varejista Copa do Mundo 2022” ouviu comerciantes de nichos diversos, como alimentício, vestuário, farmacêutico, cosméticos, móveis e eletrodomésticos, informática e papelaria, com destaque para o primeiro que teve o maior número de entrevistados. A expectativa é que o gasto médio por consumidor seja de R$ 50,00 a R$ 100,00 (para 23% deles) e R$ 100 a R$ 250 (15,8%).

Sobre a convergência de datas importantes, 47,28% acreditam que o campeonato irá influenciar as vendas da Black Friday para melhor, com um impacto de 10% nas vendas, para 30,5% desses empresários. Outros 16,30% acreditam que irá influenciar para pior, com queda nas vendas de 10% a 25%, conforme 23,9% desses varejistas. A principal preocupação é sobre o processo de transferência da demanda, com consumidores adquirindo bens e serviços antes da data comercial, provocando um efeito ‘esvaziamento’. Quase 30% creem que o período não irá influenciar na data, e 6,52% não sabem/não querem avaliar.

Sobre o Natal, 22% dos empresários acreditam que o Mundial irá influenciar positivamente nas vendas, com um impacto de 10% a 25%. Por outro lado, cerca de 12% dos empresários acreditam que as vendas da Copa do Mundo irão influenciar negativamente no desempenho do Natal. O impacto de queda nas vendas esperado é de até 10%. Cerca de 57% dos empresários creem que o período não irá influenciar na data, e 8,2% não sabem/não querem avaliar.

A pesquisa também aponta um estudo da Confederação Nacional do Comércio (CNC), que indica que R$ 1,5 bilhão serão movimentados no varejo brasileiro em razão do Mundial de futebol. Em Minas Gerais, essa cifra deve atingir R$141,2 milhões, impactando, principalmente, os segmentos de ‘móveis e eletrodomésticos’, ‘artigos de uso pessoal e eletroeletrônicos, vestuário e calçados’ e ‘hiper e supermercados’.

Foto: Pexels.

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