Usuários reclamam de falta de atendimento na Regional Leste

Após mais de três horas aguardando por atendimento médico na Unidade de Urgência e Emergência Regional Leste, na tarde de quarta-feira, 24, Rosana Luiza Miranda de Campos e o marido Leonar Henrique Pereira Nunes, decidiram voltar para casa. O motivo? A superlotação da unidade, e a lentidão no atendimento provocada pela fila. “Chegamos ao local por volta das 13h30. Já estava cheio e cerca de 60 pessoas aguardavam para serem atendidas. Enquanto estávamos preenchendo a ficha no balcão, 15 pessoas foram chamadas. Porém, a situação foi piorando. Na medida em que as pessoas estavam sendo chamadas, outras chegavam. Algumas em estado mais crítico”, relata Leonar.

O grande problema do casal ainda estava por vir. Duas horas depois, Rosana foi encaminhada para a sala de triagem. Antes de ir até a unidade, a mulher havia se queixado de dores musculares, febre e aumento da pressão arterial. Quando foi atendida, veio a surpresa. “A médica aferiu a minha pressão, a temperatura febril e afirmou que eu não tinha nada. A forma como ela falou, soou como se eu estivesse mentindo. Como que estava tudo bem comigo, sendo que eu sentia dor e, quando aferi em casa, minha febre chegava a 40º?”, disse Rosana, indignada.

O comportamento dos profissionais da unidade também chamou atenção da usuária. “É um descaso muito grande. Em vários momentos presenciei médicas indo até a recepção, olhando a quantidade de pacientes que aguardavam por atendimento e voltando para suas salas. Pessoas debochando da situação, saindo para tomar café no meio do expediente, e várias horas depois voltando para atender a longa fila”, revela.

Ao retornar para casa, por volta das 17h de quarta, Rosana voltou a alegar o incomodo. Diante da situação, na manhã dessa quinta-feira, 25, ela e o esposo procuraram assistência médica em uma clínica particular, onde foi diagnosticada com uma inflamação, que atingiu o ouvido, a garganta e o nariz.

NOTA DA PREFEITURA

Em nota, a Secretaria de Saúde (SS) esclareceu que não há déficit de médicos na Regional Leste e alegou que o ocorrido de quarta-feira está relacionado ao aumento na procura por atendimento médico na unidade. A SS também reitera que “os usuários que procuraram o serviço de saúde foram atendidos respeitando a prioridade por se tratar de uma unidade de urgência e emergência, que prioriza o atendimento dos pacientes graves com risco de vida, já que o objetivo é salvar vidas”.

Postado originalmente por: Diario Regional – Juiz de Fora

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