Movimento faz parte de uma iniciativa da Universidade de São Paulo (USP) contra os ataques ao sistema eleitoral
Nesta quinta-feira (11), universidades de todo o país se reúnem no ato em defesa da democracia brasileira. A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) aderiu ao movimento, que foi idealizado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Em Juiz de Fora, o ato acontecerá às 10h, na ágora do campus, localizada próxima ao Jardim Sensorial. A vice-reitora Girlene Alves vai conduzir a manifestação, que contará com a participação de outras entidades representativas.
Durante o ato, será realizada a leitura da “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito”, elaborada pela USP, que conta com cerca de 800 mil assinaturas de pessoas de todo país. A carta foi publicada após ataques contra as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro perpetrados por integrantes do Governo federal, notadamente o presidente Jair Bolsonaro.
A ideia surgiu a partir da “Carta aos brasileiros”, de agosto de 1977, lida em público pelo professor Goffredo Telles Júnior, em homenagem aos 150 anos de criação dos cursos jurídicos no país. Em nota, a universidade explica que a declaração “denunciava o caráter ilegítimo da Ditadura Militar e os abusos cometidos sob o regime, reivindicando o retorno ao Estado de Direito e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.” Com isso, o documento de 2022 foi redigido para reforçar o compromisso com a democracia manifestado em 1977 e celebra as conquistas da Constituição Federal de 1988, mas alerta que elas estão em risco por causa dos ataques ao sistema eleitoral do país.
Girlene Alves analisa o ato como uma oportunidade de a UFJF reafirmar seu papel social e se colocar em um lugar de resistência. “Ressaltamos que um país livre, com capacidade de responder todas as necessidades da sua população, precisa primar pela sua democracia”, afirma Girlene, acrescenta o papel da UFJF “como um espaço de reflexão, debate e proximidade com a comunidade”, na luta pela defesa do estado democrático.