O presidente da Câmara Municipal de Divinópolis, Eduardo Print Júnior, participou do Programa Bom Dia Divinópolis, na terça (03/05), no “Quadro a Voz do Presidente”. Na ocasião, ele apresentou documentações de produtos, que comprovam a compra de diversos produtos por preços muito acima dos praticados no mercado. Alguns chegam a mais de 100% do valor.
Nas notas fiscais, obtidas por meio de requerimentos enviados pelo gabinete do vereador à Prefeitura, estão por exemplo a compra de carteiras escolares no valor de R$590,00 a unidade.
Há um ano, o próprio vereador conseguiu, em parceria com o Deputado Federal Zé Silva (SD), a troca de 426 carteiras para quatro escolas municipais. Na oportunidade, cada uma saiu a R$276. “As carteiras foram entregues para a Prefeitura em Fevereiro de 2021, mas as carteiras de 2021, não foram utilizadas. Recebi denúncia que as carteiras tinham sido trocadas, mas ontem eu entrei em contato e a Secretaria e esta informou que as carteiras não foram trocadas, que continuam lá”, disse.
Sobre valores superfaturados da Longarina:
Eduardo Print Júnior, durante entrevista, apresentou preços superfaturados relacionados a Longarina. Segundo o edil, Longarina são três cadeiras emendadas, de couro, que tem em várias lojas de Divinópolis. “A nota fiscal da empresa Edutec Salas Equipamentos e Tecnologias, aponta que foram compradas 120 longarinas no valor de R$2.424,00. Já o orçamento da Faria Rodrigues Indústria Imóveis, a longarina em couro com 3 lugares está no valor de R$361,00. E se falar comigo que os pés dela são cromados, o preço pode dobrar para R$720,00, mas não ultrapassando R$2 mil. Por esse orçamento, está nítido e notório que houve sim uma irresponsabilidade da Secretária de Educação na adesão dessas atas. Eu queria está aqui falando de notícias boas, mas infelizmente, erraram e o erro é humano. Como consertar isso agora? Os esclarecimentos tem que vim a tona. Eu quero entender o porque se comprou a longarina desse preço”, questionou Eduardo Print Júnior a Secretaria de Educação.
O Presidente da Casa Legislativa finalizou dizendo que a CPI não é politiqueira. “Os documentos que apresentei aqui, estão no portal da transparência da Prefeitura, não estou inventando nada. A cotação desses preços, qualquer pessoa pode fazer em qualquer loja de móveis de Divinópolis e região, e vocês vão perceber a discrepância que existe dentro desse processo que aconteceu no final de 2021 que aconteceu na Secretaria de Educação”, concluiu.
CPI DA EDUCAÇÃO
“Ontem a tarde acatei uma decisão por ofício do pedido do vereador Edsom Sousa e o vereador Eduardo Azevedo, no qual eles me pedem o afastamento do parlamentar Hilton de Aguiar da CPI, por motivos de ter a proporcionalidade com Ademir Silva. Ademir que propôs a CPI ele tem que seguir algumas regras para participar da comissão conforme regimento interno. Mas, vendo a dificuldade causada nos últimos dias, ontem fiz nova nomeação da CPI para que a investigação aconteça o mais rápido possível e que tudo seja esclarecido para a população. Quem tem que fazer o trabalho investigativo é a Câmara para o Ministério Público. Nesse sentido, a minha assessoria fez uma pesquisa, um orçamento em várias lojas de móveis aqui de Divinópolis e região com preços de produtos. Esses documentos eu vou entregar para a Comissão”, explicou.