Depois de matar a mãe, suspeita convenceu a menina que era melhor ‘partir’
O caso das vítimas encontradas sem vida ontem (15) após inalação de gás, em residência de Venda Nova, em Belo Horizonte, tomou novas proporções. A sobrevivente, uma mulher de 34 anos encontrada inconsciente, acordou e confessou o crime de assassinato da mãe, de 67 anos e da filha, de 9.
Ao chegar no local, no bairro Piratininga, o Corpo de Bombeiros identificou sinais de crime e acionou a Polícia Militar e a Polícia Civil. Após se recompor, a mulher assumiu para as autoridades que o crime começou na segunda-feira (13), quando ela foi tomada por um sentimento ruim e enforcou a mãe até a morte.
Conforme boletim de ocorrência, ela estava brincando com a idosa, quando teve o impulso de apertar forte. A filha dela ouviu o pedido de socorro da avó e bateu a porta do quarto, quando foi orientada pela mulher a tomar café. Depois a criança foi informada que a avó tinha passado mal e morrido.
Como a idosa mantinha a casa, a mulher convenceu a criança que era melhor elas partirem juntas ou então a menina seria enviada a um abrigo. Na confissão, ela relatou que a criança questionou se não era melhor acionar a polícia ou alguém que pudesse ajudar, mas foi convencida de que era melhor “partir”.
No outro dia, a criança insistiu para a mãe pedir ajuda a alguém, mas ela retomou o plano inicial e tentou cortar os pulsos da menina, mas desistiu porque a “faca era ruim” e não queria que ela sentisse dor. Depois, ela decidiu usar o mesmo golpe que matou a mãe e amarrou a criança para que ela não pudesse resistir. A suspeita relatou detalhes, como o fato da menina ter urinado durante o crime.
Após matar a filha, ela ingeriu remédios para tentar se matar, mas não conseguiu e então iniciou o vazamento de gás.
Os vizinhos acionaram os Bombeiros após sentirem o cheiro e então a cena do crime foi descoberta: a mulher debruçada no fogão, a criança e a avó mortas e um cachorro preso no banheiro, ainda com vida.
A suspeita está internada em um hospital da capital e as investigações prosseguem.
Foto: CBMMG / Reprodução.
