Em meio a tantas tristezas e incertezas surgidas com a pandemia do novo coronavírus, exemplos de trabalho e solidariedade se multiplicam e trazem um pouco de alento. É bom para quem recebe, pois se sente cuidado, e melhor ainda para quem doa, por ajudar a diminuir o sentimento de impotência diante da crise.
Um desses exemplos vem do trabalho dos recuperandos da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) de Manhuaçu. Durante esses meses de disseminação da doença, eles estão se empenhando na fabricação de equipamentos de proteção e combate ao novo coronavírus. A confecção das mascaras começou no dia 30 de março de 2020 e, desde então, os recuperando produzem cerca de 600 mascaras por dia – que já foram doadas para instituições como o Corpo de Bombeiros, fórum da comarca e Asilo São Vicente de Paulo.
As máscaras são produzidas em parceria com o Instituto Minas Pela Paz e Federação Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC). A fabricação segue as orientações do Ministério da Saúde: TNT dobrado e elásticos na ponta; uso individual e intransferível; vida útil de duas horas, podendo ser lavada com água sanitária ou sabão para ser reaproveitada.
A possibilidade de ajudar a quem precisa, mesmo passando por um momento de restrição da liberdade, renovou as esperanças e trouxe um novo sentido para a vida de alguns recuperandos. Segundo a presidente da Apac de Manhuaçu (MG), Denise Rodrigues, eles têm a sensação de inclusão na luta contra a pandemia: “A possibilidade de confeccionar algo que contribui para salvar vidas os deixa muito motivados. Nestes dias tão sombrios que temos enfrentado, esse projeto foi um respiro, trouxe luz, ânimo e esperança”.
Danilo Alves – Tribuna do Leste
Postado originalmente por: Tribuna do Leste – Manhuaçu