Polícia Federal coordena operação contra organização que vendia vagas em presídios de MG

Estão sendo cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão em 15 cidades mineiras

A Polícia Federal coordena, na manhã desta quinta-feira (8), operação contra uma organização criminosa comandada por servidores e advogados suspeitos de criar um esquema para vender vagas em unidades prisionais do Estado. O ex-diretor da Penitenciária Nelson Hungria, Rodrigo Clemente Malaquias, foi detido durante a ação. Esta unidade prisional fica em Contagem, na região Metropolitana de Belo Horizonte.

Ao todo, são cumpridos 29 mandados de prisão e 45 de busca e apreensão. Além da capital, outros 14 municípios de Minas estão realizando a operação, sendo Betim, Contagem, Fervedouro, Francisco Sá, Lagoa Santa, Matozinhos, Muriaé, Ouro Preto, Passo, Patrocínio, Ribeirão das Neves, Uberaba, Uberlândia e Vespasiano.

A operação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que é coordenada pela Polícia Federal, conta com a participação das polícias Civil e Penal de Minas Gerais e Departamento Penitenciário Federal.

Conforme as investigações, presos de alto risco eram transferidos de unidades prisionais sem autorização. Em contrapartida, uma quantia em dinheiro era fornecida pelos líderes da organização criminosa para fazer a transferência.

Os criminosos possuíam benefícios após serem colocados em outras alas ou pavilhões, como trabalho. De acordo com as normas da execução penal, eles não teriam direito.

Dentre outras práticas ilegais, os servidores e advogados faziam a negociação da entrada de objetos que não eram permitidos.

A operação, que recebeu o nome de Alegria, faz alusão a forma que os criminosos chamam a unidade prisional Nelson Hungria.

Segundo a Ficco, se somadas as penas podem chegar a 20 anos de prisão.

 

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