O presidente do Congresso Nacional, senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou, nesta quinta-feira (12), que a privatização da Petrobras não é um tema possível de ser debatido no curto prazo, em razão da hipótese da desestatização da petroleira carecer de extenso diálogo. Segundo o senador, a discussão precisa da participação de todas as instituições, já que a empresa é um dos mais importantes ativos nacionais, mas o atual cenário de crise não propicia esse debate.
“Em relação a esse tema, eu já disse outras vezes e reitero que os estudos, o aprofundamento de modelos, de possibilidades, eu acho muito importante que tenhamos um estudo aprofundado sobre possibilidades relativamente à Petrobras. Mas não considero que esteja no radar ou na mesa de discussão neste momento a privatização da empresa porque o momento é muito ruim para isso”, afirmou o presidente do Senado.
O senador disse que a empresa, em que pese o lucro exorbitante obtido pela Petrobras no primeiro trimestre do ano, contrastando com a alta dos preços de combustíveis a pesar no bolso dos brasileiros, é um patrimônio nacional, fato que deve ser considerado nas discussões sobre uma eventual privatização. “Muito embora nós estejamos vivendo um momento muito agudo de crise relativamente aos combustíveis, e fica essa dicotomia desse lucro estratosférico e desproporcional da Petrobras frente a outras companhias do mundo, nós temos que reconhecer que é um ativo nacional, que é uma empresa bem-sucedida no nosso país, que precisa ser valorizada. ”
O presidente do Senado discorreu sobre o assunto após reunião com representantes do Comitê Nacional de Secretários da Fazenda, Finanças, Receitas ou Tributação dos Estados e Distrito Federal (Comsefaz), com a finalidade de discutir meios para se evitar a escalada de aumento do preço dos combustíveis e a consequente redução dos valores e conclamou a todos para uma resolução do impasse.
Rodrigo Pacheco ponderou que nenhuma das partes envolvidas deve ser sacrificada para alcançar o objetivo. “Nós estamos sensíveis às ponderações dos secretários de fazenda, mas insistimos no tema, por meio do diálogo, de entendermos como contribuir, por parte dos estados, nessa frente, que deve ser uma frente orgânica da União, dos Estados Federados e da Petrobras para contenção dos aumentos do preço dos combustíveis”, declarou.
As informações são da assessoria de Rodrigo Pacheco.