Na última sexta-feira (6/5), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), deflagrou a operação Purgamentum, no município de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Ao todo, foram cumpridos seis mandados de prisão e outros nove, de busca e apreensão.
As investigações tiveram início em 2019, evidenciando a existência de esquema de fraude à licitação para contratação pela Prefeitura de Contagem de uma empresa, em 2017, para prestar os serviços de administração, operacionalização, manutenção e ampliação do aterro sanitário de Contagem. Conforme as apurações, a contratação da empresa foi feita sem licitação, com fortes indícios de favorecimento e superfaturamento, que ultrapassa os R$ 15 milhões de prejuízo ao Estado.
O inquérito policial indica que a empresa alvo da operação está ligada a políticos influentes das cidades de Brumadinho e Contagem. Segundo as investigações, a empresa foi contratada logo após o cancelamento da licitação que estava em curso para contratação de concorrentes. Á época, o cancelamento da licitação provocou revolta de algumas empresas que participavam do certame, que representaram ao MPMG sobre possível fraude para eliminar a concorrência e beneficiar a empresa investigada. As equipes apuraram que a empresa estava inativa desde 2003, antes de ser contratada por meio da fraude.
O principal objetivo da operação foi buscar provas de aproveitamento financeiro das fraudes e de patrimônio oculto. Foram apreendidos documentos na residência e empresas dos investigados e o material foi encaminhado ao Ministério Público em Contagem.
Foram empenhados na ação 23 policiais civis e um promotor de Justiça.