Mesmo com menos chuvas, combate ao Aedes aegypti não pode paralisar

Mesmo em período com menor incidência de chuva, os cuidados no combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, devem continuar. No período de seca, muitas pessoas deixam de se atentar com medidas que evitam o surgimento de larvas e isso pode gerar grande prejuízo no futuro. 

Segundo estudos, os ovos do mosquito, depositados pela fêmea do Aedes, têm resistência ao ressecamento de longos 450 dias. O período de resistência, 85 dias a mais que um ano completo, permite que os ovos sobrevivam à seca e na próxima estação chuvosa propicie a eclosão.

Lara Rocha Batista, chefe do Departamento de Controle de Zoonoses e Endemias, destaca a importância das atuações individuais. “É fundamental que cada morador seja responsável pela limpeza de seu terreno, que não descarte lixo em terrenos baldios, que mantenha piscinas tratadas, caixas-d’água bem vedadas, vasos de plantas sem pratinhos, vasos sanitários em desuso bem vedados ou seja dada descarga esporadicamente, lajes e calhas devidamente limpas”, pede.

Em condições favoráveis de umidade e temperatura, o desenvolvimento do embrião do mosquito é concluído em 48 horas. Por isso, a fiscalização de criadouros deve ser realizada pelo menos uma vez por semana. Assim, pode-se interromper o ciclo de recriação do mosquito. Não à toa, os agentes de endemias continuam realizando as visitas domiciliares normalmente neste período, assim como as atividades de orientação, que podem ocorrer por meio do telefone ou das equipes de educação em saúde. “Também ressaltamos que a visita do agente de endemias a cada dois meses é de extrema importância no processo de vigilância e controle das arboviroses”, expressa Lara.

A orientação é que se mantenha garrafas com a boca virada para baixo, calhas sempre limpas, limpe semanalmente pratos de plantas ou os preencha com areia, e tampe as caixas-d’água. Em caso de dúvidas e solicitações, o cidadão pode entrar em contato com o Departamento de Controle de Zoonoses e Endemias pelo 3317-4660, pelo aplicativo Uberaba contra a Dengue e também pelo Cidade Ativa. 

Pesquisas realizadas em campo pelo Instituto Osvaldo Cruz indicam que os grandes reservatórios, como caixas-d’água, galões e tonéis (muito utilizados para armazenagem de água para uso doméstico em locais dotados de infraestrutura urbana precária), são os criadouros que mais produzem Aedes aegypti e, portanto, os mais perigosos.

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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