A pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais apontou que as dívidas vão de R$ 5 mil até mais de R$ 100 mil
Bares e restaurantes de Minas Gerais têm apresentado baixo faturamento por conta das restrições impostas durante a pandemia de Covid-19. Em queda desde março de 2020, mais de 40% dos estabelecimentos do setor acumulam dívidas em órgãos de proteção.
Por meio de um levantamento recente, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG) apontou que 43,4% do setor de alimentação fora do lar, eventos e turismo no estado estão com alguma restrição no Serasa e no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), além de protestos em cartório.
As dívidas vão de R$ 5 mil até mais de R$ 100 mil. Despesas com impostos, taxas e contas de água e luz não são inclusas no valor.
De acordo com a pesquisa, 76% dos entrevistados precisaram abrir mão do patrimônio pessoal para evitar o fechamento da empresa. Em Belo Horizonte, 3.500 bares e restaurantes encerraram as atividades em quase um ano e meio de pandemia. Com isso, cerca de 30 mil pessoas perderam o emprego.
Segundo Matheus Daniel, presidente da Abrasel-MG, um dos motivos da crise no setor é a burocracia e a morosidade do governo e de bancos privados na concessão de linhas de crédito. Para ele, as ondas de flexibilização ineficazes que não atendem a grande maioria do setor também agrava o cenário das empresas.
Outros dados do levantamento ainda mostraram que 98,6% dos proprietários precisaram investir dinheiro próprio ou recorrer a empréstimos para a estabilização do negócio.
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