Juros altos e eleições colocam em risco leilão do Aeroporto de Uberaba

Incertezas políticas e economia instável são grandes ameaças para o leilão do aeroporto Mário de Almeida Franco, em Uberaba, além de outros 14 aeroportos no país. Marcado para 18 de agosto de 2022, a expectativa é atrair a atenção de investidores da iniciativa privada, no entanto, os fatores citados podem esfriar a disputa, segundo analistas.

A presença de grandes grupos é aguardada para o certame e não é descartada a possibilidade de que todos os terminais aeroviários sejam negociados. No entanto, as dificuldades macroeconômicas enfrentadas no país, além das dúvidas políticas, podem sim, limitar os lances. Com a presença de juros mais altos, que encarecem os investimentos das empresas, e os impactos da pandemia no setor, a previsão é de desafios no radar.

Além de Uberaba, os aeroportos de Congonhas, em São Paulo (SP); Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul; Santarém, Marabá, Parauapebas e Altamira, no Pará; Uberlândia, e Montes Claros, em Minas Gerais, estão também na jogada. A contribuição inicial mínima é de R$ 740,1 milhões. O valor estimado para todo o contrato é de R$ 11,6 bilhões.

O leilão será dividido em três blocos, com previsão de atrair R$ 7,2 bilhões em investimentos. O remate foi agendado para ocorrer na B3, em São Paulo. O aeroporto de Uberaba está no Bloco SP-MS-PA-MG composto pelos

Segundo o economista Cláudio Frischtak, da Inter.B Consultoria, o leilão deve ter propostas em todos os três blocos, porém, se tivesse acontecido em uma cenário pré-pandemia, haveria muito mais competição. Ainda, Fernando Villela, coordenador do Comitê de Regulação de Infraestrutura Aeroportuária da FGV Direito Rio, afirma que os leilões de aeroportos estão ficando cada vez mais escassos.

As informações são do JM Online, associado AMIRT.

Foto: JM Online

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