Jovem denunciado pela morte do pai em JF vai a júri popular

O filho que teria confessado à Polícia Civil ter matado o próprio pai, o empresário Waldir Jorge Zampier, de 64 anos, irá a júri popular. O réu, Felippe Horta Zampier, 24, foi denunciado pelo Ministério Público em 2 de julho, por homicídio qualificado por motivo fútil, com circunstância agravante de ter cometido o crime contra ascendente, ocultação de cadáver e fraude processual. Durante audiência preliminar, nesta sexta-feira (2), o jovem foi pronunciado. Ele e outras nove testemunhas prestaram depoimentos ao juiz Paulo Tristão, no Fórum Benjamin Colucci.

A sessão começou às 13h30 e durou cerca de cinco horas. De acordo com o termo de audiência, Felippe teve inalterados os fatos e fundamentos da sua prisão preventiva, sendo-lhe negado o direito de aguardar o julgamento em liberdade. A data do júri ainda não foi definida.

O crime foi registrado, inicialmente, como desaparecimento, mas investigações da Polícia Civil culminaram na prisão do suspeito, à época, no dia 30 de maio deste ano. Na ocasião, ele teria confessado ter atirado contra o pai, durante uma discussão no interior do veículo do rapaz. Os investigadores encontraram o corpo do empresário desovado em uma estrada de terra em Sarandira. Em 28 de junho, após representação da Polícia Civil e manifestação favorável do Ministério Público (MP), foi decretada a prisão preventiva do jovem, sendo a denúncia aceita pela Justiça no dia 5 de julho.

O caso

Segundo a denúncia do MP, o assassinato foi cometido no dia 24 de maio, após as 14h, na Avenida Eugênio do Nascimento, no Bairro Aeroporto. Felippe efetuou um disparo de arma de fogo contra seu pai, causando-lhe a morte. Conforme a denúncia, naquele dia, o jovem dirigia o carro, com o pai no carona, até uma agência bancária na Cidade Alta para “resolverem uma emergência financeira de responsabilidade do denunciado”, referente à empresa de Waldir. No trajeto, iniciou-se um bate-boca e, “no calor da discussão, o denunciado sacou uma arma de fogo (calibre 22) e efetuou um disparo que atingiu a cabeça da vítima.”

Ainda como aponta a promotoria, depois de causar a morte do pai, o jovem, “de forma voluntária e consciente, com evidenciado intuito de ocultar o cadáver, se dirigiu até a cidade de Matias Barbosa, acessou uma estrada vicinal que leva ao distrito de Sarandira, onde dispensou a arma de fogo e arrastou o corpo de seu pai ribanceira abaixo, até ocultá-lo em uma mata fechada.” Ao retornar para sua residência, Felippe, “ainda com intento de apagar as evidências do crime, trocou de roupa e limpou o sangue no interior do veículo”.

Para o MP, ele também premeditou possível álibi, enviando mensagem via WhatsApp do celular de seu pai para a namorada do empresário. Ainda segundo a denúncia, ao marcar um encontro com a mulher, se passando por Waldir, estaria transferindo eventual suspeita acerca da autoria do crime. “Também enviou mensagem para sua irmã se passando pelo pai, dando a esta instruções acerca das questões bancárias relacionadas à empresa”, diz a denúncia.

Ainda conforme o texto, na sequência, Felippe jogou no Rio Paraibuna o celular da vítima, a calça suja de sangue e o pano usado para limpar o carro. “Perante a família, o denunciado simulou o desaparecimento do pai, alegando que o teria deixado no Bairro Aeroporto, a pedido deste, em um ponto de táxi, para que ele pudesse encontrar com a namorada, não sendo a vítima mais vista a partir de então.” Desde o dia 30 de maio, o réu está no Ceresp, à disposição da Justiça.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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