O faturamento da indústria de mineração de Minas Gerais caiu 26% no primeiro semestre de 2022. O Estado saiu de um resultado de R$ 61,4 bilhões nos primeiros seis meses de 2021 para R$ 45,2 bilhões neste ano. O resultado acompanhou o movimento de baixa e foi apurado pelo setor mineral na primeira metade deste exercício, em que indicadores como produção, exportação e saldo comercial também tiveram desempenhos negativos. A queda no faturamento da mineração foi puxada, principalmente, pelo minério de ferro, que recuou 36% no semestre, registrando R$ 68,3 bilhões.
Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), a redução das compras de minério pela China e a guerra entre Rússia e Ucrânia estão entre os principais fatores que causaram um desempenho abaixo das expectativas no primeiro semestre para a mineração.
Além disso, como a China é a principal importadora do minério de ferro, a redução da atividade econômica chinesa e outros fatores impactam diretamente o desempenho do setor mineral brasileiro e, consequentemente, as divisas do País. Para se ter uma ideia, segundo o Ibram, a demanda da China por aço no primeiro semestre de 2022 foi 10% inferior à demanda registrada na mesma época de 2021.
Em relação aos investimentos, ainda previstos pelo Ibram em US$ 40,4 bilhões (cerca de R$210.411.280.000,0) entre 2022 e 2026, Júlio Nery, diretor de sustentabilidade e assuntos regulatórios da instituição, lembrou que cerca de US$ 11,1 bilhões (R$57.811.020.000,00) serão alocados em Minas Gerais e que parte do montante certamente será aportado na produção.
Com informações do Diário do Comércio
Foto: Daniel Mansur
