Informação foi repassada à prefeita Elisa Araújo por representantes do Ministério de Minas e Energia em reunião virtual ontem
Estudo atualizado do governo federal aponta que implantação do gasoduto de São Carlos (SP) até Uberaba (MG) custaria, aproximadamente, R$3 bilhões. O projeto original completo, do interior paulista até Brasília, está estimado em mais de R$7,7 bilhões. Os valores foram apresentados ontem à prefeita Elisa Araújo (Solidariedade), durante reunião virtual com representantes do Ministério de Minas e Energia.
De acordo com a chefe do Executivo, o objetivo da reunião foi entender quais as políticas públicas nacionais em vigor para incentivar investimentos na área do gás. Elisa salienta que as informações são necessárias para a prospecção de empresas interessadas em investir no setor, especificamente no ramal do duto para atender o Triângulo Mineiro.
Segundo a prefeita, o governo federal sinalizou com liberação para a implantação do duto dentro da faixa de domínio da Petrobras, o que agilizaria o futuro licenciamento do projeto e seria um benefício para investidores. “É um ponto positivo para atrair investidores porque representa menos tempo para dar pontapé à implantação”, acrescenta.
Elisa salientou que conversas em torno do gasoduto estão sendo feitas com diversas empresas que atuam no segmento, inclusive com a TGBC que anteriormente tinha um projeto para construir um ramal de São Carlos a Brasília. Segundo ela, as informações apresentadas pelo governo federal serão repassadas a possíveis investidores, assim como um levantamento sobre a demanda de gás existente em Uberaba e região.
Segundo a prefeita, um trabalho será feito pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico para identificar a demanda atual e, também, outros empreendimentos que podem vir para a região com a disponibilidade do gás.
Além disso, a chefe do Executivo posicionou que a equipe do Ministério de Minas e Energia manifestou que atualmente existe ainda a oportunidade do uso do modal rodoferroviário, como alternativa para o transporte do gás. Desta forma, seria possível trazer o gás liquefeito até a região e transformar para o uso em veículos. Com isso, mais uma demanda seria gerada para viabilizar o interesse na implantação do duto.
A prefeita ressaltou que está atuando em duas frentes. Em primeiro lugar, o interesse é viabilizar o ramal do gasoduto. Porém, também busca avançar nas discussões em torno da fábrica de amônia.
Embora a proposta seja consolidar o duto sem depender da fábrica de amônia, a prefeita afirma que o empreendimento também foi citado na reunião. Segundo ela, foi pedido apoio dos representantes do Ministério para solicitar à Petrobras que disponibilize os projetos executivos da unidade em relação à fabrica porque o material poderia ser útil para a prospecção de investidores interessados em retomar a planta.
Segundo Elisa, ficou acertado que uma nova reunião será agendada com o ministro da Agricultura, Marcos Montes, para tratar especificamente da Política Nacional de Fertilizantes e, também, verificar qual o posicionamento atual da pasta quanto à viabilidade da fábrica de amônia.
As informações são do JM Online, associado AMIRT.
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