Há aproximadamente cinco anos os moradores da Rua Armezina de Faria, em Dom Corrêa sofrem e sentem-se incomodados com o mau cheiro proveniente de um pequeno córrego, que nasce nas proximidades do local conhecido como ‘Sabreira’. Quando chega no perímetro urbano, a rede de esgoto das casas é lançada à sua margem e inicia para os moradores um martírio que exala da pouca água que passa.
Os dejetos e sujeira vão acumulando com o passar dos dias e a fedentina invade as casas, impossibilita os moradores de conseguirem se alimentar, além de contribuir para o aparecimento de pernilongos e outros insetos.
O problema dos moradores foi mostrado em 2014, quando a reportagem Tribuna do Leste esteve no distrito. Durante todo esse tempo nada foi feito para aliviar o sofrimento das famílias, que relatam puro esquecimento e não conseguem solucionar a situação sem a participação do Poder Público.
Revoltada com a situação, a moradora Ana Andrade da Silva voltou a pedir socorro. Ela explica que inúmeras vezes procurou as lideranças do distrito, para serem sensíveis e compreenderem que há a necessidade de providências para que haja a canalização da água. Ana Andrade da Silva considera um ‘abuso’ com as famílias que ali passam seus dias.
“Todos que moram na Rua Armezina de Faria ficam constrangidos quando recebem visita. A gente tem que justificar às pessoas, que a fedentina é proveniente do esgoto, principalmente em determinados horários”, conta Ana Andrade.
Outro morador falou com a reportagem sobre a situação e disse que está passando do limite as promessas. “Não aguento mais ver a frente da minha casa com o esgoto correndo a céu aberto. Isso tem gerado um odor horrível. Já fiz várias solicitações, juntamente com os vizinhos, mas até agora nada foi resolvido”, detalha.
A reportagem fez contato com o vereador Wantuil Martins, que foi citado e representa o distrito no Poder Legislativo. Foi repassado ao vereador o pedido dos moradores. Ao ser indagado a razão de tanta demora, Martins disse que outras obras foram viabilizadas para atender a demanda no distrito. Disse ter levado ao local à Chefe do Executivo para conhecer de perto o problema, bem como buscado uma parceria com empresário para adquirir os turbilhões. Ele reconhece que cinco anos é muito tempo, mas esbarra em algumas burocracias para levar um engenheiro ambiental para realizar o levantamento. “Por ser um córrego, se faz necessária a liberação do órgão ambiental. Continuarei cobrando, para que a obra seja feita até o final do ano que vem, pois, os moradores estão sofrendo mesmo”, reconhece o vereador.
Eduardo Satil – Tribuna do Leste
Postado originalmente por: Tribuna do Leste – Manhuaçu