Diário do Comércio diz que “quebra” da Ricardo Eletro está na contramão do setor

Diário do Comércio diz que "quebra" da Ricardo Eletro está na contramão do setor

Ricardo Nunes deve deixar o comando da empresa que deve quase 2,5 bilhões de reais

Uma das principais redes de varejo de eletroeletrônicos nascidas em Minas Gerais, a Ricardo Eletro será vendida para a Starboard Restructuring Partners, empresa paulista especializada em fazer reestruturação de empresas em dificuldades. De acordo com informações de mercado, a empresa deve investir R$ 250 milhões para adquirir o controle de 72,5% da Máquina de Vendas, detentora da marca Ricardo Eletro. A varejista deve passar por processo de recuperação extrajudicial e a estimativa é que a dívida chegue R$ 2,5 bilhões.

Uma fonte próxima à Starboard afirmou que a expectativa é que, nesta semana, a empresa entre com o protocolo do pedido de recuperação extrajudicial. A aquisição só ocorre, de fato, se o pedido for homologado. A dívida da Máquina de Vendas gira em torno de R$ 2,5 bilhões, sendo que R$ 1,5 bilhão é devido aos bancos credores. O investimento de R$ 250 milhões na compra da fatia majoritária da varejista se somará a outros aportes da recuperação extrajudicial e ajudarão a empresa a se reeguer. Procurada pela reportagem, a Starboard não quis se pronunciar.

A Ricardo Eletro foi fundada por Ricardo Nunes em Divinópolis, no Centro-Oeste do Estado. Mais tarde a rede transferiu sua sede para Belo Horizonte e expandiu por todo o País, se tornando uma das cinco maiores empresas de varejo de eletroeletrônicos do Brasil. Hoje, a Ricardo Eletro tem cerca de 600 lojas. Em 2010 a marca mineira se juntou à rede baiana de móveis e eletrodomésticos Insinuante, formando a Máquina de Vendas. Nos anos seguintes, outras marcas foram incluídas ao grupo: City Lar, Eletro Shopping e Salfer.

Balanço – A última demonstração financeira divulgada pela Máquina de Vendas em seu site é referente ao ano de 2016. O relatório mostra que a receita líquida de vendas e serviços em 2016 foi de R$ 5,5 bilhões, o que significa uma queda de 28% em relação a 2015, quando foi de R$ 7,07 bilhões. A demonstração também mostra o prejuízo do exercício, que foi de R$ 653 milhões, muito superior ao prejuízo em 2015, que foi de R$ 411 milhões.

Os números decrescentes da varejista vão na contramão do setor nessa mesma base de comparação. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que de 2015 para 2016 a presença de eletroeletrônicos e eletrodomésticos nos lares brasileiros cresceu entre 2% e 4%, dependendo o tipo e produto.

O cenário de 2018 também é positivo para o setor, de acordo com a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros). No último levantamento da organização, referente ao primeiro semestre de 2018, é possível ver crescimento nas vendas de todos os segmentos de eletroeletrônicos. O destaque ficou por conta da televisão, cujas vendas cresceram quase 30% nos primeiros seis meses deste ano, em relação ao mesmo período em 2016.

 

Fonte: Diário do Comércio

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Postado originalmente por: Nova FM

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