Nesta quinta-feira, 20, um homem de 36 anos acusado de abusar sexualmente de duas enteadas na comarca de Manhuaçu foi preso na cidade de Nova Iguaçu (RJ). A Polícia Civil de Manhuaçu, através da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), tomou conhecimento dos fatos através da atendente virtual Frida, no qual uma das vítimas entrou em contato para obter informações sobre como proceder em função dos abusos sofridos. Em um primeiro momento a preocupação da Deam foi a segurança da jovem e assim procedendo com a sua retirada do imovel para que os abusos cessassem e ela se sentisse segura para denunciar as atitudes do padrasto, conforme explica a Delegada de Polícia Civil de Manhuaçu, Dra. Adline Ribeiro.
“Devido a complexidade tivemos que agir com muita cautela já que a pena é alta e não queríamos cometer nenhuma injustiça. Trabalhamos de maneira cautelosa para que as investigações chegassem até o Ministério Público e ao poder judiciário de forma coerente, fidedigna, e em consonância com a realidade”, disse Ribeiro.
As vítimas sofriam abusos há algum tempo – uma foi abusada dos 13 aos 16 anos – oportunidade que resolveu sair do imóvel para que os abusos cessassem. Porém, o padrasto viu na irmã mais nova a possibilidade de continuar com a violação e abusou sexualmente da garota dos 10 anos aos 13 anos, sendo que o último abuso aconteceu em março deste ano.
Dra. Adline Ribeiro salientou que a vítima tinha medo de denunciar o agressor e por acreditar que não teria credibilidade perante a Polícia e a sociedade, pois, em determinadas situações, as pessoas podem não acreditar que uma pessoa cuja função é zelar, guardar e cuidar de uma criança ou adolescente possa cometer tal ato bárbaro. Assim que o indivíduo soube das denúncias ele enviou uma mensagem à vítima afirmando que iria voltar para matá-la e tal atitude foi um dos requisitos para justificar a prisão preventiva do autor.
“Uma das testemunhas foi primordial para encorajar uma das vítimas a denunciar caso contrário ela estaria sofrendo este tipo de abuso até os dias atuais. Ressalto o quão importante é a denúncia e a procura pela Polícia Civil. Lembrando que a identidade dos denunciantes será preservada, haja vista que trabalham junto a Polícia Civil e, portanto, não teríamos motivos para divulgarmos nomes, pelo contrário, é trabalhamos para preservar as vítimas”, ressaltou a Delegada de Polícia Civil de Manhuaçu Dra. Adline Ribeiro.
Danilo Alves – Tribuna do Leste
Postado originalmente por: Tribuna do Leste – Manhuaçu
