Vício Inerente estreou no dia 27 de abril e mantém nível do primeiro trabalho
Depois da estreia de sucesso com o álbum De Primeira, Marina Sena muda a proposta e acerta pela segunda vez, com Vício Inerente. Das 12 faixas que compõem o álbum, 10 ocuparam o top 200 do Spotify Brasil dois dias depois do lançamento (29). Além dos streamings, a cantora também entrou na casa dos brasileiros através da TV, com lançamento do clipe de Olho no Gato, no Fantástico, no último domingo (30).
Dessa vez, as músicas são mais dançantes e contam com elementos de outros gêneros, como o trap, o funk e o afrobeat que, conforme a cantora revelou em entrevista à CNN, foram inspirações que vieram como consequência da mudança para São Paulo, onde está convivendo com artistas desses estilos. Assim como o primeiro álbum, esse também tem como temática central os dilemas dos relacionamentos amorosos a partir de uma visão feminina e protagonista.
A fórmula da obra é realmente viciante: a voz inconfundível que desperta sentimentos igualmente singulares nos ouvintes e a combinação de narrativas sobre fragilidades emocionais como em “Mande um sinal“, mas também sobre uma liberdade visceral, como em “Meu Paraíso Sou Eu” que transmite uma mensagem clara: sinta intensamente o que tiver de sentir, isso não te faz menor. Essa brincadeira de transitar entre o lugar de quem sofre, mas também de quem faz sofrer é como um antídoto para a autoestima em tempos que demonstrar sentimentos é motivo de reducionismo.
Marina Sena canta o que todo mundo quer ouvir sobre si mesmo e transforma a complexidade das relações, geralmente exploradas com sofrimento, em algo sensual. Um alívio para a alma de quem ama e um convite aqueles que se recusam a essa entrega. A referência é clara e declarada: Gal Costa!
Foto: Sony Music/Reprodução.
