Em 2017, o edital da Lei Estadual de Incentivo à Cultura distribuiu mais de 92 milhões de reais em incentivos, o maior valor já registrado na história da lei. Quase a metade da verba foi aplicada em projetos fora da região metropolitana. Até 2015, 80 por cento dos recursos para a cultura ficavam na capital mineira, segundo a Secretaria de Estado de Cultura. O superintendente de Fomento e Incentivo à Cultura, Felipe Amado, explica que o Governo de Minas Gerais vem mudando esse cenário. “A partir de 2015, foram feitas algumas iniciativas no sentido de descentralizar mais os recursos de acordo com a própria proposta do programa de governo. Nós fizemos uma rodada muito grande de capacitações para ensinar os produtores culturais a participarem dos nossos editais, rodamos os 17 territórios. O Fundo Estadual de Cultura, por exemplo, a gente destina 85% dos recursos que ele tem disponível para proponentes residentes no interior do Estado. E no incentivo à cultura, nós estamos trabalhando com a faixa de 45% pro interior desde 2015”.
Outra inovação importante foi o edital de intercâmbio Circula Minas, que agora permite não só a compra de passagens, como também hospedagem, alimentação e seguro viagem. O programa teve os recursos triplicados desde 2015. Foi graças ao Circula Minas que o coletivo de teatro Fio Cena, de Teófilo Otoni, pôde se apresentar no Chile, como conta a atriz Lívia Souza. “Um grupo de interior, do Vale do Mucuri, de Minas, aprovado pra ir pro exterior, pra cidade de Valparaíso, no Chile, e foi magnífico, assim, a gente teve uma troca de ideias maravilhosa entre grupos de teatro e nos levou a conhecer também um mundo diferente”.
O interior mineiro também foi beneficiado no edital Bandas de Minas, da Secretaria de Estado de Cultura em parceria com a Codemge – Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais. O edital disponibiliza um milhão de reais para a compra de instrumentos musicais, uniformes e realização de oficinas. Em 2015, todos os 85 projetos aprovados vieram do interior. Uma das beneficiadas foi a Banda Santa Cecília, de Mariana, uma das mais tradicionais do Estado. Segundo o diretor social da banda, o maestro José Luiz Papa, o apoio do governo mineiro é essencial para a sobrevivência do grupo. “Seria muito difícil nós estarmos na qualidade que estamos hoje se não fosse através do apoio que esse edital proporciona quando fornece aí os instrumentos e até mesmo uniformes e outras oportunidades. Faço questão de destacar é a preocupação do Governo do Estado com a qualidade dos instrumentos que são repassados às bandas. Foi buscado junto aos qualificados músicos da Orquestra do Estado de Minas Gerais a preocupação pra que eles formassem uma comissão para avaliar os instrumentos que estavam sendo repassados às bandas. Isso significa respeito com as bandas de música! Isso significa valorização à cultura.”
Para mais informações sobre editais, acesse www.cultura.mg.gov.br.