Crédito para o agronegócio em Minas Gerais sobe 39%

Financiamento destinado ao Estado chega a R$ 25,34 bilhões de julho a dezembro

Os desembolsos do crédito rural para Minas Gerais continuam em ritmo de crescimento. De julho a dezembro  de 2022, o valor liberado cresceu 39% e chegou a R$ 25,34 bilhões. Com o valor, o Estado vem respondendo por 14% do valor total liberado para o País –  R$ 180,49 bilhões. Dentre as linhas, a maior demanda é proveniente daquela voltada para o custeio. O valor liberado para Minas já chegou a R$ 15,6 bilhões, superando em 67% o registrado em igual período do ano anterior.

De acordo com os dados da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), ao longo dos primeiros cinco meses da safra, foram 117.541 contratos aprovados para os produtores do Estado, volume que ficou 6% maior.

A maior parte dos recursos do crédito rural disponibilizado para o Estado foi para aplicação na agricultura. Os dados mostram que foram desembolsados R$ 18,14 bilhões para o setor, montante 42% superior aos R$ 12,75 bilhões registrados em igual período do ano na safra anterior. Somente para a agricultura, foram aprovados 61.351 contratos, ante os 48.886 liberados no mesmo período da safra passada, o que representa um crescimento de 25%.

Na pecuária, a demanda pelo crédito subiu 30% e somou R$ 7,2 bilhões. No período, foram aprovados 56.190 contratos, volume 9% menor.

Com o objetivo de cobrir as despesas normais dos ciclos produtivos, os produtores buscaram mais pela linha de custeio. Os desembolsos para o Estado somaram R$ 15,68 bilhões, variação positiva de 67%. Foram aprovados 58.562 contratos, aumento de 24%.

Para o custeio das lavouras, foram liberados R$ 10,64 bilhões, ou seja, aumento de 72% frente aos R$ 6,17 bilhões registrados anteriormente. O número de contratos aprovados ficou 27% maior e chegou a 34.247.

Em novembro, a cultura que demandou maior volume de recurso da linha de custeio foi o café, com uma demanda de R$ 860,47 milhões, em seguida veio o milho, R$ 198,92 milhões, e a soja, R$ 141,7 milhões.

O crédito de custeio para a pecuária somou R$ 5,04 bilhões, superando em 56% os R$ 3,22 bilhões registrados no mesmo período da safra anterior. O número de aprovações, 24.315, ficou 19% superior.

Ao longo de novembro, a maior parte dos recursos de custeio da pecuária foi para a produção de bovinos, R$ 720 milhões. Para suínos, foram estimados R$ 48,19 milhões e 12,17 milhões foram para a avicultura.

Os desembolsos para a linha de investimento também já superam os resultados de igual período do ano safra anterior. Ao todo, já foram desembolsados para o Estado R$ 5,44 bilhões, alta de 3% frente aos R$ 5,29 bilhões registrados anteriormente.

Do total, R$ 3,64 bilhões foram para investimentos na agricultura, valor 13% maior. Foram aprovados 25.558 contratos, alta de 22%.

A pecuária demandou R$ 1,8 bilhão da linha de investimento, demanda que ficou 13% menor que os R$ 2,07 bilhões liberados nos primeiros cinco meses da safra 2021/22. A aprovação de contratos caiu 23% e encerrou em 31.713 unidades.

Em Minas Gerais, a demanda pelos recursos da linha de comercialização apresentou elevação de 8% nos primeiros cinco meses da safra, somando R$ 2,85 bilhões.

A agricultura foi a que buscou maior volume de recursos para comercialização. Para o setor, as liberações ficaram 10% maiores e alcançaram R$ 2,73 bilhões. Foram aprovados 1.414 contatos, variação positiva de 46%.

Já na pecuária, a demanda pelos recursos da linha de comercialização recuou 17% e encerrou o período em R$ 120 milhões. A liberação de contratos caiu 26%, somando 128 unidades aprovadas.

Foto: Pixabay

As informações são do Diário do Comércio

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