Os vereadores Dr. Adriano Miranda (PHS), Zé Márcio Garotinho (PV) e Wanderson Castelar (PT) que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos ônibus da Câmara Municipal de Juiz de Fora, além dos assessores dos vereadores Sargento Melo Casal (PTB), e Cido Reis (PSC), realizaram diligências em vários bairros da cidade nesta quarta-feira, 10. Eles foram verificar a situação dos veículos em alguns pontos finais.
Garotinho explicou que a Comissão já havia vistoriado os ônibus nas saídas das garagens e que essa etapa é uma continuidade do trabalho. “Agora o objetivo é verificar a conservação da limpeza ao longo do dia, a presença nos veículos dos itens que garantem segurança e conforto aos usuários, além da pontualidade das linhas. Precisávamos conferir esta regularidade.Mas é apenas o começo das vistorias. Este trabalho nas ruas, que é o local onde acontecem os problemas, é de extrema importância para verificarmos os fatos”, afirmou.
A primeira parada dos vereadores foi no ponto final do bairro Marumbi. Eles vistoriaram três ônibus da empresa Auto Nossa Senhora Aparecida (Ansal), integrada ao Consórcio Via JF, acompanhados de dois agentes de Transporte e Trânsito da Settra. Eles acompanharam a conferência de itens como pneus, elevadores para cadeirantes, campainhas, botões internos, estofados e ainda verificaram a limpeza e conservação dos veículos. Não foram encontradas irregularidades.
Em seguida a Comissão seguiu para o bairro Alto Três Moinhos. No ponto final foram vistoriados dois ônibus da empresa Gil, integrada ao Consórcio Manchester. Em um deles foi verificado que um dos estofados estava rasgado, mas não houve notificação.
Os vereadores terminaram as vistorias na Vila Sr. Neném, vizinha ao bairro Alto Santa Rita. O ônibus da empresa Gil que foi conferido apresentava algumas irregularidades.Parte do forro estava danificada e com trincas próximo a ventilação, um banco tinha o assento quebrado, não havia estofado e o elevador, segundo o fiscal, precisava de manutenção. “Como não havia risco para a segurança das pessoas não paralisamos a viagem, mas a empresa será notificada e todos os reparos necessários deverão ser feitos”, afirmou o agente da Secretaria de Transporte e Trânsito, Afonso Radtke.
Para Castelar, a verificação na rua é de extrema importância. “Neste momento esses ônibus representam uma amostragem reduzida. Por isso é preciso continuar o trabalho em todos os quadrantes da cidade. E vamos fazer isso”, destacou.
O vereador Dr. Adriano, presidente da Comissão, também destacou a necessidade de dar continuidade ao trabalho de campo. “Estamos dando uma resposta para questões da população. São visitas aleatórias e elas vão ter prosseguimento. Precisamos conferir pelo menos 10 por cento de toda a frota de ônibus de Juiz de Fora”, falou.
O trabalho de campo da CPI começou a ser realizado no início do mês. No dia 3 de abril os parlamentares visitaram a empresa Gil, integrada ao Consórcio Manchester onde constataram irregularidades nos assentos de 80 dos 130 ônibus disponíveis. No dia, 4, eles compareceram às garagens da Ansal, no bairro Bandeirantes, do Transporte Urbano São Miguel (Tusmil), em São Pedro, e da Viação São Francisco, no Nova Era, integradas ao Consórcio Via JF. Nos locais foram constatados itens em desacordo com o contrato, como cinto de segurança do assento para cadeirantes sem higienização, uso de pneu dianteiro rechapado, veículos com o interior molhado, vidros sujos, além de carros com modelo referente a 2009.
Após esta etapa nas ruas, os parlamentares começam a convocar técnicos, empresários e demais envolvidos para as oitivas. Todo o material levantado pela CPI será organizado no relatório final e posteriormente encaminhado para os órgãos competentes, de acordo com as considerações apuradas.
A CPI dos Ônibus teve início em 26 de novembro de 2018, com o objetivo de apurar possíveis irregularidades no cumprimento de termos contratuais na prestação de serviço público por parte das concessionárias responsáveis pelo sistema de transporte público urbano em Juiz de Fora. Os contratos de licitação foram assinados em 2016, quando os consórcios Manchester e Via JF começaram a operar o sistema de Transporte Coletivo em Juiz de Fora em modelo de concessão pública.
Fonte: CMJF
Postado originalmente por: Diario Regional – Juiz de Fora