Estimativa é que 44 mil diagnósticos sejam feitos a cada ano
Na última semana, o Brasil se comoveu com o comunicado da cantora Preta Gil sobre ter sido diagnosticada com câncer colorretal após seis dias de internação. Casos públicos, como o da cantora, do rei Pelé e do também jogador Roberto Dinamite abriram espaço para que profissionais da saúde alertassem sobre a doença, que é crescente no Brasil.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer, o câncer colorretal ou no intestino é um dos tipos mais comuns no país, ficando atrás apenas do câncer de pele e dos tumores de mama e próstata. A estimativa é que 44 mil diagnósticos sejam realizados a cada ano no próximo triênio. A população feminina do Sudeste e Sul são as mais afetadas, com 70% dos casos.
São considerados comportamentos de risco para o desenvolvimento da doença, o excesso de gordura corporal, o consumo elevado de carnes vermelhas e processados, alimentação pobre em fibras e, como em todo tipo de câncer, o tabagismo e alcoolismo também podem aumentar as chances de adoecimento. A doença não é silenciosa, mas precisa de atenção na identificação de sintomas persistentes, como mudanças do hábito intestinal, desconforto abdominal e alteração na forma das fezes. Sangue ao evacuar, fraqueza e perda de peso sem causa aparente também devem ser investigadas por um médico. Levar uma vida saudável diminui as chances de desenvolver a doença, mas fatores genéticos também podem existir.
O diagnóstico começa com um exame comum à população, o parasitológico de fezes e, caso seja identificado alguma irregularidade, a investigação usará do exame de colonoscopia para identificar e tratar possíveis lesões no intestino, chamadas pólipos. A identificação precoce da doença é fundamental para um tratamento menos agressivo e eficaz, por isso, a recomendação é que a investigação aconteça ainda no início dos sintomas.
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