Árvore certa no lugar certo, propõem SEMAM

“A arborização urbana em Uberaba pode ser dividida em duas partes, antes e depois do Código Municipal do Meio Ambiente, Lei Complementar 389/2008”. Avaliação é do secretário adjunto do Meio Ambiente, Vinícius Arcanjo da Silva.

Pela legislação, todos os projetos de loteamento, condomínios, conjuntos habitacionais de interesse social, distritos industriais e arruamentos tiveram que apresentar projeto de arborização urbana e tratamento paisagístico das áreas verdes e de lazer. Isso inclui a arborização das vias de toda a gleba parcelada.

Vinícius Arcanjo aponta que os projetos devem ser submetidos à aprovação da Secretaria do Meio Ambiente, dentro das diretrizes ambientais emitidas para aprovação dos empreendimentos.
Nesse sentido, o biólogo Paulo César Franco explica que o Governo Municipal trabalha com o princípio da “árvore certa no lugar certo”. Segundo ele, isso significa que os loteamentos aprovados a partir de 2008 dificilmente apresentam os conflitos observados nos bairros mais antigos. “Vale ressaltar que, além da arborização e paisagismo, há também a necessidade de implantação de uma faixa de grama nas calçadas (calçada ecológica)”.

Ao contrário do que ocorreu em décadas passadas, nas quais era comum o plantio de árvores de grande porte nas calçadas, tais como sete-copas, sibipiruna, paineira, monguba, ipês e oitizeiro, atualmente a Prefeitura disponibiliza aos interessados um Manual de espécies adequadas ao plantio, de modo a não interferir nas redes elétricas e de água, assim como possibilitando segurança aos pedestres. Isso porque as dimensões de ruas e calçadas, somadas à rede elétrica, acabam gerando incompatibilidades entre o espaço, as estruturas físicas, pedestres e veículos. “Atualmente, monitoramos essas árvores que, ao findar seu ciclo biológico, são substituídas por espécies compatíveis”, informou.

Dentre os benefícios gerados pela Floresta Urbana está o embelezamento, sombreamento, efeito sobre o microclima, abrigo da avifauna urbana, o efeito de bem-estar que causa nas pessoas, a redução dos efeitos da poluição sonora e atmosférica ao atuarem como barreira física.

De acordo com o biólogo, as árvores em fase de crescimento são mais eficientes na fixação de carbono, que é um importante gás de efeito estufa. Ele explicou que as árvores mais velhas já não têm a mesma fixação, mas continuam a prestar os relevantes serviços ecológicos.

 

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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