Exercícios cognitivos que otimizam o desempenho nas questões que exigem raciocínio lógico e memorização
Uma das provas que mais preocupam os alunos que pretendem prestar Enem é a de ciências exatas, que reúne matemática, física e química. O cenário é semelhante em todos as edições do vestibular e reflete dados aprofundados sobre o nível de conhecimento dos brasileiros acerca desse tipo de inteligência, chamada de inteligência lógico-matemática.
O último levantamento do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), realizado em 2021, afirma que somente 5% dos estudantes do Ensino Médio da rede pública têm aprendido matemática de forma adequada. Se comparado a anos anteriores, houve uma piora: em 2019 esse percentual era de 7%. Se há uma forma positiva de encarar essa realidade, é a de transformá-la em oportunidade para se destacar.
Todo vestibulando conhece bem a fórmula para um bom resultado na prova: constância e treino nos estudos. A novidade é que essa receita pode ser turbinada com mudanças comportamentais sutis que podem gerar descanso cognitivo e, consequentemente, aumentar a capacidade de raciocínio lógico e memória.
Descanse enquanto eles correm
Você não leu errado! Diversas pesquisas apontam que o descanso é um fator fundamental na jornada do aprendizado. Uma delas foi realizada pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH), o qual o pesquisador brasileiro Leonardo Claudino contribuiu para gerar resultados. O estudo aponta que momentos de descanso após horas de dedicação para aprender algo novo servem como momentos de “replays” para o cérebro.
O movimento de repetir a informação nova várias vezes com maior velocidade foi observado pelos cientistas através da magnetoencefalografia, uma técnica neurofisiológica que mede os campos magnéticos associados à atividade neuronal no cérebro. Eles observaram a atividade cerebral de 33 voluntários, que digitavam uma sequência numérica repetidas vezes apenas com a mão esquerda, descansavam por alguns minutos e retornavam as tentativas com resultados muito melhores. Nesses momentos de descanso, o cérebro repetia a sequência, literalmente fazendo replay da situação para memorizar. Um detalhe fundamental é que os voluntários não faziam outras atividades nesses momentos de pausa e usavam o tempo apenas para atividades contemplativas.
Isso implica que, ao fazer pausas enquanto estuda, é importante que o cérebro não seja submetido a outras informações. Mas o que fazer ao longo desse tempo? O educador físico Adriano Zanardi, do canal do YouTube PhysioBRAIN ensina exercícios cognitivos que ajudam a otimizar todas as informações adquiridas nos estudos.
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Foto: Canva.