Não havia, praticamente, nenhum posto de abastecimento com combustíveis em Ipatinga que não tenha filas de espera pare abastecer, no começo da manhã desse sábado (2). Só não tinham filas os postos cujos frentistas avisavam que não havia combustíveis. E alguns dos estabelecimentos ficaram com os tanques vazios na sexta-feira, dada a procura intensa dos dias anteriores.
Nas filas, não faltam motoristas que manifestam preocupação com a volta da paralisação dos caminhoneiros. Tem um áudio circulando no WhatsApp, falando de nova greve a partir de domingo. Pode ser fake, mas por segurança vou abastecer novamente. Ontem coloquei R$ 100 e não deu para encher nem meio tanque. Tenho compromissos semana que que vem e não posso ficar sem gasolina. Peguei novamente a fila, para completar hoje, explica Geraldo Hênio Souza, representante comercial.
Outro motorista, que pediu para não ter o nome divulgado, foi abastecer o carro do filho. O meu está parado na garagem com meio tanque. Já meu filho precisa do carro para trabalhar. Deixei ele na empresa hoje cedo e vim abastecer, explica o motorista que nãos até que horas ficará na fila.
Sem confirmação de nova greve
Com a desmobilização de caminhoneiros pelo Brasil, iniciou-se uma série de boatos sobre novas manifestações. Porém, os áudios são atribuídos a desconhecidos e não há qualquer confirmação de que uma nova greve será deflagrada.
Áudios, vídeos e imagens apontam que a nova paralisação ocorreria entre domingo (3) e segunda-feira (4). Entretanto, não há nenhuma associação ou movimento de caminhoneiros por trás do chamamento, apenas pessoas conhecidas das redes sociais por afirmarem que a manifestação nunca acabaria.
Nos vídeos e áudios, os supostos caminhoneiros dizem que agora o movimento vem com força e que nada passará pelas estradas. Entretanto, a presença ostensiva dos órgãos de Segurança Pública, inclusive o Exército, nas estradas brasileiras poderá coibir qualquer inciativa nesse sentido.
O secretário geral da Federação Nacional dos Transportadores (Fenacam), Plínio Dias, um dos que mais incentivou a paralisação do dia 21 de maio, afirmou nesse sábado que a proposta é reunir os caminhoneiros em Brasília. Eles querem avanços em relação ao que foi oferecido pelo governo em relação a política de fretes e desconto de R$ 0,46 no litro do óleo diesel.
Apavorados com áudios de redes sociais motoristas enchem filas