Alerta verão: Saiba como tomar sol sem se expor de maneira perigosa

Estima-se que nos próximos três anos 185 mil novos casos de câncer de pele serão diagnosticados no Brasil ; mulheres serão as mais afetadas

O verão se aproxima e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) levanta a bandeira da campanha Dezembro Laranja, que alerta para os altos índices de câncer de pele no Brasil e divulga informações sobre as formas de prevenção. O câncer de pele é o que mais afeta o país, correspondendo a 30% de todos os tumores malignos registrados, cerca de 185 mil novos casos por ano. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Os dados alertam ainda que mulheres são as mais afetadas pela doença, com 93.170 casos por ano, contra 83.770 em homens.

A principal causa da doença é a exposição exagerada à radiação ultravioleta produzida pelo sol, que leva a mutações nas células da pele. Além disso, o uso de câmaras de bronzeamento, feridas ou queimaduras antigas também representam perigo. O médico dermatologista da Rede Mater Dei de Saúde João Renato Vianna Gontijo, ensina como identificar lesões que devem ser investigadas por um médico. Segundo ele, lesões que apresentam crescimento, sangramento fácil, dor e que parecem feridas que não cicatrizam devem ser avaliadas pelo dermatologista.

“As lesões de pele que apresentam cor (pigmento) que são assimétricas, têm bordas irregulares, mais de uma cor, diâmetro maior que 6mm e se modificaram ou cresceram precisam ser avaliadas pelo dermatologista”, completa.

Uma das premissas básicas para evitar este tumor é usar protetor solar diariamente a partir do fator de proteção (FPS) 30 e fugir do sol entre 10h e 14h. “Usar sempre que possível roupas adequadas que cubram a pele, além de boné/chapéu se a exposição for prolongada”, alerta o doutor.

Saiba o que os médicos têm a dizer sobre a tendência da marquinha de fita

Apesar da simplicidade dos métodos de prevenção, tendências como a marquinha de fita preocupam os especialistas. Para realizar o procedimento as empresas utilizam fita isolante para moldar o formato desejado e parafina bronzeadora para acelerar o processo. O produto é aprovado pela Anvisa sobre a condição do profissional ter conhecimento adquirido no curso de bronzeamento natural.

Mesmo com a liberação da Anvisa, os profissionais da saúde não consideram o procedimento seguro. Em entrevista para o Uol, a dermatologista Vanessa França alertou que o uso de adesivos e fita isolante na pele são as principais causas da dermatite de contato alérgica e irritativa primária. No caso da marquinha de fita, na hora de retirar o material da pele são causados microtraumas que desenvolvem para a doença. Além disso, a especialista afirma que a cera piora manchas e melasmas, causando também prejuízo estético.

Foto: Stock Imagens

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