Com 69 votos a favor, o então Presidente da ALMG aguarda nomeação pelo governador Romeu Zema
A indicação aconteceu na manhã da última sexta-feira (7) e teve maioria dos votos favoráveis. Dos 71 parlamentares presentes, 69 votaram a favor e dois votaram em branco, indicando oposição à escolha. O deputado foi o único a se candidatar para o cargo.
Durante a votação, deputados de diversos partidos pediram a palavra para manifestar estima à candidatura de Agostinho, destacando sua atuação assertiva na defesa da independência do parlamento e saúde da população, em referência à pandemia do novo coronavírus. Guilherme da Cunha (Novo), se manifestou contrário à maioria e afirmou que Agostinho Patrus desconhece as competências do tribunal que pretende adentrar.
O próximo passo da Assembleia é comunicar o governador Romeu Zema, responsável pela nomeação dos conselheiros.
Trajetória como Presidente da Assembleia Legislativa
No quarto mandato como deputado estadual, sendo o último como Presidente da ALMG, Agostinho Patrus buscou fortalecer a função fiscalizadora do Poder Executivo. No seu mandato, foram criadas a plataforma Assembleia Fiscaliza, plataforma de prestação de contas que reúne atuação de secretários de Estado, três comissões parlamentares de inquérito (CPIs) para investigar o rompimento da barragem em Brumadinho, a vacinação irregular de servidores públicos contra o coronavírus e denúncias envolvendo a gestão da Cemig, respectivamente. Também foi criado o Recomeça Minas (Plano de Regularização e Incentivo para a Retomada da Atividade Econômica do Estado).
Além disso, Agostinho Patrus promulgou a Emenda à Constituição 109, que visa garantir o repasse de R$ 1,5 bilhão da Vale aos municípios mineiros como forma de reparação aos danos causados pelo rompimento da barragem em Brumadinho.
Foto: Ricardo Barbosa.