Dois colombianos, de 28 e 36 anos, foram abordados após passarem em frente ao 4ºBPM e colherem imagens com aparelho celular. Em seguida, foram presos na praça Governador Magalhães Pinto, bairro Fabrício, na terça-feira (24). Um dos acusados está com o visto de turista vencido e o outro, no cadastro na Polícia Federal, consta que reside na Bahia. Eles foram levados para a Delegacia de Polícia Federal por crime contra a economia popular (usura pecuniária/agiotagem).
Policiais militares realizavam operação de repressão ao crime organizado, quando os dois homens passaram por algumas vezes em frente ao batalhão, apontando o aparelho celular de forma a entender que poderiam estar tirando fotos ou filmando a movimentação dos militares.
Eles foram abordados, identificados e disseram que eram agiotas e que estavam aguardando contato pessoal com indivíduo de nome “João”, a fim de realizarem um empréstimo. Também disseram que praticam taxa de 10% ou mais, dependendo da quantia e do prazo solicitados.
Durante busca pessoal, foram encontrados no bolso de um dos suspeitos cartões com simulações de empréstimo, número de telefone de contato e o codinome “Camilo”, o qual usa para não revelar sua identificação verdadeira.
Eles também informaram que fazem uso de diversos aparelhos celulares para agiotagem, valendo-se de aplicativos de mensagens instantâneas e ligações telefônicas.
Os dois colombianos também contaram que vieram para o Brasil devido à situação econômica da Colômbia não favorecer a permanência deles naquele país, onde 820 pesos colombianos são avaliados em média a 1 real. Com relação à procedência do dinheiro que emprestam, ficaram em silêncio.
No apartamento onde moram, na rua Yolanda Derenusson Silveira, Conjunto Umuarama, foi encontrado um caderno com anotações das transações financeiras realizadas. Ficou evidenciado que repassam o dinheiro emprestado através de Pix e em espécie.