Agentes da Penitenciária de Muriaé protestam por 13º e melhores condições de trabalho

Agentes da Penitenciária de Muriaé protestam por 13º e melhores condições de trabalho
Com faixas, um grupo de servidores realizou manifestação na entrada da unidade, nesta sexta (28)

No início da tarde desta sexta-feira (28), um grupo de agentes prisionais que atuam na Penitenciária Regional de Muriaé fez uma manifestação na entrada da unidade para cobrar o pagamento do 13º salário e melhores condições de trabalho. Munidos de faixas com frases de ordem, os servidores protestam também pelo atraso no pagamento salários.

Por meio de nota oficial, divulgada nesta sexta (28), o governo de Minas anunciou que não pagará o 13º. O Executivo alega que “apesar de todos os esforços financeiros” não será possível honrar com o compromisso neste ano.

A falta de pagamento do 13º agrava ainda mais a situação drástica do funcionalismo estadual, que há quase três anos vem recebendo os salários de forma parcelada e, muitas vezes, com atrasos na quitação das parcelas.

 

Abaixo nota enviada ao Jornalismo da Rádio Muriaé por representante do movimento na cidade

 

SITUAÇÃO DOS SERVIDORES

“Depois de várias agressões aos direitos dos servidores públicos, o governo Pimentel decidiu destruir suas festas de fim de ano. Foram várias reuniões para decidir como seria feito o pagamento do 13°, e passado o natal, ainda não temos nenhuma previsão de pagamento.

Além disso, o governo vem parcelando o salário do servidor em até 3 vezes desde fevereiro de 2016. Todo mês o servidor espera angustiado a escala de pagamento, sendo que diversas vezes a primeira parcela só foi liberada depois do dia 15, o que deixa o servidor em situação de desespero.

Houve também casos em que o estado deixou de repassar as parcelas de empréstimos consignados descontadas nos contra cheques dos servidores, o que fez com que muitos tivessem seus nomes negativados pelas instituições financeiras, mesmo tendo os valores descontados de seu salário. Diante dessa situação, as instituições financeiras pararam de fornecer empréstimo consignado para os servidores.

O governo deixou ainda o IPSEMG (plano de saúde pago pelos servidores) em crise. Várias instituições de saúde pararam de atender pelo convênio, deixando o servidor que já passava por uma situação financeira complicada, sem atendimento de saúde.

O agente penitenciário muitas vezes tem que tirar do próprio bolso para ter o mínimo de dignidade no ambiente de trabalho, pois o estado não fornece materiais mínimos, deixando as unidades sucateadas. Por meio de ‘vaquinhas’ os servidores se organizam para comprar itens como ventiladores, ar condicionados, bebedouros, geladeira, etc.”

 

Texto: Rádio Muriaé – reprodução na íntegra ou parcial permitida somente mediante crédito.

 

Fonte : Rádio Muriaé

Postado originalmente por: Rádio Muriaé

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