Belo Horizonte reforça Dia Mundial Contra a Aids em ato simbólico na Praça Sete

A data foi oficializada pela ONU há três décadas

Primeiro de dezembro foi oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como Dia Mundial de Combate à Aids em 1987. Naquela época, a doença levou muitas famílias ao sofrimento devido a falta de tratamento adequado e de clareza sobre os meios de transmissão e contágio. Após 33 anos, o cenário é diferente no que tange o tratamento, mas o preconceito e estigma ainda são uma realidade pulsante.

Segundo dados de 2021 apurados pela UNAIDS, Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, é estimado que 38,4 milhões de pessoas no mundo vivam com HIV, sendo que 54% delas são mulheres e meninas. O mesmo relatório aponta que em 2021, 85% das pessoas infectadas sabiam do seu status para HIV, o que implica que cerca de 5,9 milhões de pessoas não sabiam que eram portadoras do vírus.

No Brasil, são 960 mil pessoas vivendo com a doença. No ano passado, a cada hora, 5 pessoas foram infectadas pelo vírus no país. Segundo levantamento da Secretaria Estadual de Saúde, até 30 de novembro, Minas Gerais registrou 3.442 casos de HIV e 140 mortes pela doença.

Apesar do tratamento oferecido gratuitamente pelo SUS permitir que as pessoas infectadas tenham uma vida normal, o preconceito é o maior impedimento para que isso aconteça. Para avançar nessa questão, é preciso conhecer as formas de prevenção, transmissão, tratamento, além de contribuir para a disseminação da informação de que a doença, apesar de epidêmica, não é a mesma que surgiu há três décadas.

Com essa intenção, os grupos BH de Mãos Dadas Contra a Aids e Mobiliza SUS ocuparam as estações Lagoinha, Central, Minas Shopping, São Gabriel e Vilarinho nesta quinta-feira (1), das 9h às 13h, conscientizando a população de Belo Horizonte por meio da distribuição de cartilhas informativas e preservativos. Além disso, a Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig) realizou ato simbólico na Praça Sete de Setembro, cobrindo o obelisco com uma camisinha gigante, chamando atenção de toda a população para o assunto.

Foto: Isabela Lana.

 

 

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