Queijo: Uma paixão com explicação neurocientífica

Já se perguntou porque tudo parece melhorar com a adição de queijo?

O queijo é um dos produtos alimentícios mais antigos da humanidade com, no mínimo, 8 mil anos de existência. No Brasil, o comércio de queijo circula desde o século XVIII e foi considerado Patrimônio Cultural Imaterial em 2008. Atualmente, Minas lidera como o estado que fabrica e comercializa os melhores queijos do país, sendo que um deles, o queijo canastra, ultrapassou queijos franceses e italianos e foi considerado o melhor queijo do mundo pelo site americano Taste Atlas.

De acordo com dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater), a produção de queijo artesanal gera renda para pelo menos 30 mil famílias em todas as regiões produtoras do estado. São elas: Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Diamantina, Entre Serras da Piedade ao Caraça, Serras de Ibitipoca, Serra do Salitre, Serro e Triângulo Mineiro.

O produto é um dos responsáveis por fomentar o turismo nessas regiões do Estado, que promovem festivais de queijo, guias pelas principais produtoras e mentorias riquíssimas que desvendam os rituais queijeiros mais cobiçados do mundo.

Curiosidades

Não é por acaso que a maioria das receitas parecem melhorar com a adição de queijo, uma pesquisa realizada pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, descobriu que o alimento ativa uma região de extremo prazer no cérebro, como acontece com o uso de drogas ilícitas. O estudo explica que a proteína caseína é a responsável por ativar os receptores de opioides no cérebro e pode causar até dependência.

Mas esse potencial vício não é de todo ruim, já que outra descoberta curiosa sobre o queijo é que, quanto mais esbranquiçado, ele age como um facilitador para a absorção de cálcio pelo organismo.

Outra curiosidade que a maioria desconhece, é que o catupiry é uma criação de Minas. Ele foi criado por Mário e Isaíra Silvestrini, um casal de imigrantes italianos, em 1911, em Lambari, no Sul de Minas. A palavra catupiry tem origem tupi-guarani e significa “excelente”.

Conheça os três tipos de queijo mais consumidos, melhores acompanhamentos e forma correta de armazenamento:

Queijo Minas Artesanal

Pode ser curado ou não e tem inúmeras variações de acordo com a região em que é produzido. Uma característica geral é que todos possuem uma textura mais cremosa. É o acompanhamento clássico do café quente ou lanches mais rápidos, mas, se curado por muito tempo, se transforma em uma iguaria que deve ser apreciada com acompanhamentos mais sofisticados, como vinhos, cervejas artesanais ou receitas diferenciadas. Se estiver fresco, deve ser conservado na geladeira em um recipiente fechado, se for curado ou meia cura, o ideal é deixar fora da geladeira quando não estiver sendo consumido e, após o consumo, manter refrigerado na parte inferior da geladeira, onde a temperatura é mais alta.

Queijo Minas frescal

Popular e acessível, ele é produzido para um consumo mais rápido, devido a quantidade de água em sua fórmula. A textura é mais leve e úmida do que a do queijo minas tradicional. Ideal para dietas balanceadas, pois contém menos gordura, colesterol e sódio. Ele deve ser conservado em um recipiente fechado na parte mais alta da geladeira, onde a temperatura é mais baixa.

Queijo Canastra

Produzido há 200 anos na região da Serra da Canastra, ele tem um gosto marcante, levemente picante, denso e encorpado. O queijo canastra tradicional não é curado por muito tempo e leva cerca de 24h para ficar pronto. Apesar do gosto marcante, ele vai bem com diversas receitas e pode ser consumido como tira gosto com um bom vinho ou cerveja e massas de modo geral. Ele deve ser conservado igual ao queijo minas tradicional, com atenção para as especificações em caso de fresco, meio curado ou curado.

Foto: Reprodução/Internet

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