Logo após a confirmação da primeira morte por Covid-19 em Montes Claros, um aposentado de 69 anos que viajou a São Paulo e retornou sentindo sintomas da doença, o Prefeito Humberto Souto gravou um vídeo e postou nas redes sociais informando que irá manter o isolamento social como medida de contenção da propagação do vírus na cidade.
– Essa é a única maneira efetiva de se evitar a transmissão em massa dessa doença – afirmou Souto ao informar que o comércio continuará fechado na maior cidade do Norte de Minas.
A Secretária Municipal de Saúde, Dulce Pimenta, também informou que o confinamento é a melhor forma de conter o contágio e achatar a curva de infecção que atingirá mais de 80 por cento da população brasileira.
– A população precida entender que é necessário o isolamento social por que esta é a melhor forma de conseguirmos controlar a epidemia em nosso município – afirmou a Secretária.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já havia reforçado desde o dia 1º de Abril para que medidas de isolamento social contra o Coronavírus como quarentenas, sejam intensificadas.
– O Brasil fez uma diminuição da atividade. O Brasil não fez lockdown. Vemos muita gente trabalhando. Precisa redobrar o esforço. Se não redobrar, vamos ter problemas – afirmou em entrevista coletiva.
Uma dos motivos da defesa enfática de Mandetta por isolamento, quarentenas e trabalhos em home office é a redução dos casos. Segndo ele, essa é apenas a superfície do problema. Para muito além dos casos individuais, como a covid-19 se espalha muito rapidamente, o sistema de saúde pode entrar em colapso, faltar leitos, UTIs, ambulâncias. Essa situação deverá atingir seu pico no final do mês de maio, de acordo com o próprio ministério.
Outro grande problema é a questão dos materiais de proteção dos profissionais de saúde, os chamados EPIs. Existe uma corrida em todo o mundo por esses insumos. Já existe falta de luvas, máscaras, gorros, entre outros. “Diminuir ao máximo o trânsito de pessoas tem esse objetivo”, disse o ministro
A fala do ministro Luiz Henrique Mandetta acompanha recomendações internacionais e de especialistas em saúde. Também segue os dados, que crescem dia a dia. De acordo com o levantamento mais recente, são 241 mortos e 6.836 infectados, a maioria deles com sintomas severos.
Postado originalmente por: VinTV
